Após queda no lucro, M. Dias Branco adotará medidas para elevar volumes de produção até o fim do ano

A companhia de alimentos fará parcerias com redes de varejo e atacados, que terão marcas exclusivas da fábrica de massas e biscoitos

Escrito por Redação ,
Legenda: Haverá, também, uma adequação de produtos em cada região do país

Devido a retração de 42,6% no lucro da M. Dias Branco entre julho e setembro deste ano comparado a igual período de 2018, a fabricante de massas e biscoitos adotará medidas para elevar os volumes de produção até dezembro. 

A companhia de alimentos fará parcerias com redes de varejo e atacados, que terão marcas exclusivas da M. Dias Branco. Haverá, também, uma adequação de produtos em cada região do país, destaca o diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da empresa, Fábio Cefaly. 

"Também separamos os times de vendas em dois: um ficou responsável pelas regiões Norte e Nordeste, e outro ficou com o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ou seja, ficarão bem mais próximos da demanda", ressalta Fábio Cefaly.

Ele afirma que o preço do trigo é um fator que impacta negativamente na comercialização dos produtos, uma vez que o cereal representa, aproximadamente, 40% do custo do que é vendido.

"O trigo é uma commodity, que é negociada em dólar. O que aconteceu entre o primeiro e o segundo trimestre de 2018 foi que preço do trigo subiu bastante. No mesmo ano, houve a desvalorização do câmbio. Foram dois movimentos que elevaram o valor do trigo. De lá para cá, ficou no mesmo patamar, o que reduziu as vendas", avalia.

No início do ano, a fábrica de massas e biscoitos, objetivando reduzir o número de produtos nos estoques das lojas de atacado e varejo, ofereceu degustação, investiu em novos pontos de vendas e não mexeu no preço dos produtos. "Se olharmos em curto prazo, observamos uma melhora, que ainda é inferior ao que foi apresentado em 2018", pontua.

Queda

O lucro líquido da empresa apresentou uma retração de R$ 134,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, 42,6% a menos se comparado a igual período de 2018. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) teve redução de 33,7%, marcando R$ 188,1 milhões. 

A receita líquida reduziu 11,1%, atingindo R$ 1,550 bilhão. Quando ao total de vendas, o segmento de massas registrou a maior queda, de 109,9 mil toneladas para 88 mil toneladas, subtração equivalente a 19,9%. Já as vendas de biscoitos diminuíram de 160,4 mil tonelada para 129,5 mil toneladas, ou seja, menos  19,3%. O volume total de vendas foi de menos 11,1%.

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