Após greve dos caminhoneiros, Expolog 2018 discutirá alternativas para modal rodoviário

Segundo a Fundação Dom Cabral, 75% da produção no país é escoada por rodovias, seguidas pelo modal marítimo (9,2%), aéreo (5,8%), ferroviário (5,4%), cabotagem (3%) e hidroviário (0,7%) 

Escrito por Redação ,

Marcada para os dias 28 e 29 de novembro, a edição de 2018 da Feira Nacional de Logística/XIII Seminário Internacional de Logística (Expolog) deverá focar no tema da busca por alternativas ao modal rodoviário no sistema de transporte de cargas brasileiro. O assunto foi proposto pela análise dos impactos gerados na economia do País após a greve dos caminhoneiros, em maio. O evento deverá reunir mais de 280 empresas do setor de logística.

"O primeiro momento é discutir como será a legislação em relação ao modal rodoviário porque hoje tem gente que segue a tabela de frete e tem quem não (siga)", disse Carlos Alberto Nunes, gerente comercial da Tecer Terminais Portuários.

Nunes ainda enalteceu a importância do calendário deste ano, que possibilitará a discussão durante o período de transição para um novo governo no Executivo nacional. A ocasião deverá gerar a possibilidade de uma discussão maior sobre a legislação aplicada no setor e quais serão as intenções do novo governante para os gargalos do transporte de cargas no País.

 Segundo dados da Fundação Dom Cabral, 75% da produção no país é escoada pelas rodovias, seguida da marítima (9,2%), aérea (5,8%), ferroviária (5,4%), cabotagem (3%) e hidroviária (0,7%). 

"Nesse momento da Expolog, já estará definido o novo governo e já podermos ter aí uma política de transição. O novo presidente vai ter que se posicionar e dizer qual vai ser melhor opção de legislação para o modal rodoviário seguir nos próximos anos", afirmou Nunes. 

O momento econômico do Estado, segundo o gerente da Tecer, também será um dos grandes potenciais da Expolog 2018. A chegada de empresas internacionais ao Ceará e a instalação dos hubs aéreo (Air France/KLM e Gol), tecnológico (Angola Cabes) e marítimo (portos do Pecém e Roterdã) deverão impulsionar o desenvolvimento de negócios na região. 

"Teremos uma feira em um momento ímpar, com um novo governo já discutido. E teremos a possibilidade de discussão de novos modais. Além disso, teremos players do mercado justamente para discutir essas questões que podem ser impulsionadas pelos hubs no Ceará, como o aéreo, o de tecnologia e o marítimo, com a Cipp S/A", analisou Nunes. 

"Também teremos todas as discussões sobre investimentos no Ceará, aproveitando a parceria do Porto do Pecém com o Roterdã e teremos um representante dos holandeses para explicar como foi feito esse trabalho de parceria e quais as oportunidades que serão geradas. O nosso estado é muito convidativo para atrair investimentos estrangeiros e isso também será analisado durante a Expolog", completou.

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