Alta do PIB de 2019 permanece em 0,87%, destaca Focus

Para o próximo ano, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 2,10% para elevação de 2,07%

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 1,37%
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A expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 0,87% conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 0,81%.

Para 2020, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 2,10% para elevação de 2,07%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do segundo trimestre de 2019 subiu 0,4% em relação ao primeiro trimestre. No fim de junho, o BC havia atualizado, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,0% para elevação de 0,8%.

No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2019 passou de alta de 0,08% para baixa de 0,29%. Há um mês, estava em alta de 0,19%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,50% para 2,75%, ante 2,75% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 foi de 56,39% para 56,57%. Há um mês, estava em 56,10%. Para 2020, a expectativa passou de 58,50% para 58,55%, ante 58,63% de um mês atrás.

Déficit primário

O Focus também trouxe, nesta segunda, manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2019 e 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 1,37%. No caso de 2020, permaneceu em 1%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,30% e 1%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2019 foi de 6,20% para 6,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2020, permaneceu em 5,99%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 6,25% e 6%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2019, de superávit comercial de US$ 52,35 bilhões para US$ 52,00 bilhões.

Um mês atrás, a previsão era de US$ 52,00 bilhões. Para 2020, a estimativa de superávit passou de US$ 48,73 bilhões para US$ 49,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 47,60 bilhões.

Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2019 ficará em US$ 46,0 bilhões. Esta projeção foi atualizada no RTI de junho.

No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2019 seguiu com déficit de US$ 22,00 bilhões, igual a um mês antes. Para 2020, a projeção de rombo seguiu em US$ 31,33 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 32,50 bilhões. O BC projeta déficit em conta de US$ 19,3 bilhões em 2019.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos próximos anos.

A mediana das previsões para o IDP em 2019 seguiu em US$ 85,00 bilhões, igual a um mês atrás. Para 2020, a expectativa permaneceu em US$ 84,68 bilhões, ante US$ 85,28 bilhões de um mês antes. O BC projeta IDP de US$ 90,0 bilhões em 2019.

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