Adece vai operar políticas de atração de investimentos para o Ceará

Após mudanças, a Agência será responsável pela formalização de acordos fechados com investidores, além de oferecer a infraestrutura e assistência. Fundos também serão administrados pela Adece

Escrito por Redação ,
Legenda: Investimentos no Complexo do Pecém são apontados por estudo do Ipece como fator transformador da economia da RMF e do Estado, elevando o potencial de geração de riquezas de municípios como São Gonçalo do Amarante
Foto: Camila Lima

A Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) deverá se tornar uma agência de fomento a novos investimentos no Estado. O órgão será responsável por operacionalizar a política de atração de investimentos ao Estado promovida pela Secretária do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), segundo informou, ontem (11), o titular da Pasta, Maia Júnior.

O projeto de reestrutura-ção, iniciativa conjunta da Sedet com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), é uma proposta do Programa Ceará Veloz. “Estamos modernizando e fazendo mudanças, olhando a economia que se projeta nesse século 21, com perfil e dinâmica tecnológicos muito forte, e a Adece operacionalizará esse processo”, disse o secretário.

Ele explicou que a Secretaria é responsável pela elaboração das políticas públicas, montando e analisando a base de dados do setor econômico do Ceará, fazendo a atração e recebendo os investidores. Após o acerto com o interessado, o investidor passará a tratar com a Adece, não só para formalizar o que foi acertado em termos de política de incentivos, mas também para adotar qualquer tipo de infraestrutura que falte.

A agência ainda se responsabilizará pela capacitação de recursos humanos, por aproximar setores de tecnologia do Estado e por pactuar os setores econômicos através das câmaras técnicas, além de operacionalizar a promoção por meio de eventos.

“Existem as estruturas que ativam as políticas de desenvolvimento e as que operacionalizam. As empresas vinculadas – e a Adece se encaixa – serão as operacionalizadoras. A Adece é o instrumento do fomento, que pode acontecer através de incentivos fiscais, de suporte de acesso ao crédito, de fundos de capital de risco, de participação de empresas”, aponta. 

Sobre a participação acionária da Adece em empresas, ele lembra que a agência possui 3,65% das ações da Siderúrgica Latino-Americana (Silat), vendidas para a Gerdau, além da participação em uma montadora em Sobral. 

“Ela (Adece) pode participar de outras empresas, mas terão de ser investimentos bastante seletivos e de extrema importância para o desenvolvimento do Estado. Se para viabilizar o investimento for preciso uma participação do Estado, mesmo que minoritária, a gente participa. Agora, tem que ter um perfil que nos interesse e prazo de entrada e de saída, como em fundos de investimentos”, ressalta.

Segundo Maia Júnior, outros órgãos e empresas parceiras também operacionaliza-rão o processo, como a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S.A) e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). “É uma estrutura importante para que a gente diferencie nossa lógica de atração. Mas, ainda, estamos avaliando o papel delas na nova estrutura”, aponta.

Fundos

A reestruturação prevê também a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) e outros fundos que serão criados para atender à demanda que virá, principalmente, das Câmaras Setoriais, segundo o presidente da Adece, Eduardo Neves. 

“Também vamos atender às necessidades do investidor. Vamos ter uma diretoria de operações civis, outra de fomento, das promoções e eventos, tudo para criar esse ambiente de negócios, onde as Câmaras são extremamente importantes para isso, fazendo também a interligação com os municípios e a cooperacionalização dos fundos”, explica.

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