NE na luta por investimento de R$ 7 bilhões

Escrito por Redação ,
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Maior exportador de silício do mundo, Brasil é obrigado a importar seus derivados. Nordeste seria opção para o refino

Detentor da maior reserva de silício do mundo, o Brasil ainda é dependente do mercado internacional para adquirir produtos que o usam em sua composição como aparelhos celulares, componentes de informática e módulos de energia solar fotovoltaica. Os maiores exportadores de silício estão no Nordeste, com destaque para a Bahia.

O País vende o silício bruto a cerca de US$ 60, a tonelada. Para importar o mesmo volume desses produtos de valor agregado, o custo é de US$ 600 mil. A perda poderia ser bem menor, se o silício fosse refinado no Brasil, tecnologia detida por cinco grupos no mundo.

Essa é a meta da Associação Brasileira das Empresas de Energia Solar (Abeer), que tenta incluir na pauta de projeto de lei do deputado Paulo Teixeira atrativos que permitam captar uma indústria de refino de silício. O provavel destino do empreendimento seria um dos estados do Nordeste, que poderia receber investimentos da ordem de R$ 7 bilhões.

´Hoje, 90% do que é usado no Vale do Silício (região, na Califórnia, que concentra as empresas de informática dos EUA) vem do Brasil, sobretudo do Nordeste´, diz o presidente da Abeer, Fernando Cunha. Segundo ele, já foram feitos contatos com as cinco empresas que trabalham com essa tecnologia, sendo que uma delas já demonstra real interesse. Ele acredita ainda que a indústria de refino de silício poderia contribuir ainda para o estímulo ao uso da energia solar, dependente de módulos com silício.

Não há preferência por um estado para abrigar a indústria. A intenção da entidade é estimular uma cadeia integrada. Para Cunha, o Ceará agrega condições favoráveis para participar da cadeia, como usinas eólicas, porto do Pecém e fornecedores como a Wobben, que produz aerogeradores.
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