Mudanças no Minha Casa devem facilitar aquisição de imóveis no CE

Sinduscon avalia que maior valor dos imóveis e condições trazidas pela Caixa Econômica para as cidades do Nordeste devem elevar as contratações em 2019 e beneficiar diretamente 148 dos 184 municípios cearenses

Escrito por Redação ,
Legenda: Subsídios para a faixa 2 do programa também foram elevados em municípios com população de até 20 mil habitantes
Foto: FOTO: THIAGO GADELHA

A decisão da Caixa de aumentar o valor de imóveis financiados pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV) para cidades com até 50 mil habitantes deverá impactar 148 dos 184 municípios cearenses, que terão acesso a melhores condições para comprar o imóvel.

"Com isso, você consegue aumentar o acesso de pessoas com menor renda, que terão um subsídio maior e melhores taxas de juros. E nós sabemos que 90% do déficit habitacional do País é entre pessoas que ganham até cinco salários mínimos", afirma André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE).

Embora elogie a medida, o presidente do Sinduscon-CE diz que é preciso levar em consideração que o custo da construção aumentou. "Algumas pessoas que estavam ficando de fora dos financiamentos poderão ter acesso novamente", observa Montenegro.

Novas condições

De acordo com a Caixa, para as famílias de baixa renda de cidades de 20 mil até 50 mil habitantes, o valor máximo de imóveis financiados para as faixas 2 e 3 do programa foi aumentado, passando de R$ 100 mil para R$ 130 mil (para as regiões Norte e Nordeste). Paralelamente, o banco elevou o valor do subsídio para a faixa 2 em cidades de até 20 mil habitantes, cujo teto do financiamento passou de R$ 95 mil para R$ 130 mil.

"Isso é importante porque possibilita que o programa chegue a outros municípios, uma vez que são poucas as cidades no Estado com mais de 50 mil habitantes", destaca Montenegro.

A Caixa também aumentou o valor do subsídio para financiamentos da faixa 2 em cidades de até 20 mil habitantes, que passou de R$ 10,5 mil para R$ 11,6 mil para os mutuários com renda familiar bruta de até R$ 1,8 mil.

Para as cidades de 20 mil a 50 mil habitantes, o valor do subsídio na faixa 2 não mudou, podendo chegar a R$ 29 mil, dependendo da região do imóvel. Os subsídios para a faixa 1,5 do Minha Casa Minha Vida também não sofreram alteração, com valor máximo de R$ 47,5 mil para famílias que ganhem até R$ 1,2 mil.

As novas regras foram publicadas na semana passada em instrução normativa do Ministério do Desenvolvimento Regional. Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que as novas condições permitirão ao banco consumir todo o orçamento disponível para este ano no financiamento de moradias para a população de baixa renda.

Orçamento

O banco destacou ainda que com essas novas condições, a instituição está com "capacidade plena para atender à demanda por moradia no mercado imobiliário e aplicar todo o orçamento disponível para 2019, promovendo o aquecimento da economia, gerando empregos e rendas, além de contribuir para a redução do déficit habitacional do País".

Durante visita oficial ao Ceará, em janeiro deste ano, Helder Melillo, da Secretaria Nacional de Habitação, afirmou que o Estado foi um dos mais atendidos pelo MCMV nos últimos anos.

Mudança dos valores e no financiamento do programa Minha Casa Minha Vida devem facilitar o acesso à moradia no Estado, na avaliação do presidente do Sinduscon-CE

 

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