Mercado brasileiro de ações deve voltar hoje sob forte pressão

Temor com coronavírus derruba bolsas; ouro bateu marca de 7 anos

Escrito por Redação , negocios@svm.Com.Br
Legenda: Os recibos de ações de Petrobras e Vale negociados em Nova York caíram 8,8% e 10%, desde segunda
Foto: Thiago Gaspar

Os ativos brasileiros devem voltar hoje do Carnaval sob forte pressão. Enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, estava fechada por conta do feriado - e portanto, sem negociações de ações ou do dólar no País -, os dois últimos pregões foram marcados por fortes quedas nas principais Bolsas globais com o surgimento de novos surtos da doença em países fora da China, especialmente na Europa.

Enquanto as negociações brasileiras permaneceram paradas, o fundo de índice (ETF) que replica o Ibovespa em dólar (iShares MSCI Brazil) recua 6,4% desde segunda (24) na Bolsa de Nova York. "A tendência é que o Ibovespa caia também. Os dois índices andam, em tese, juntos. Tudo indica que a queda do Ibovespa vai ser bem pesada amanhã (hoje)", diz o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

Os recibos de ações (ADRs) de Petrobras e Vale negociados na Bolsa de Nova York caíram 8,8% e 10%, respectivamente, desde segunda (24). Os ADRs da Gerdau acumulam queda de 8,6% e as do Bradesco, de 5%. O risco-país brasileiro medido pelo CDS (Credit Default Swap) de cinco anos subiu 12,5% nos últimos dois dias para 104,9 pontos, maior desde 27 de janeiro.

Na Europa, índices tiveram a pior queda desde 2016 e o ouro foi ao maior patamar desde 2013.Ontem, o movimento dos mercados seguiram em queda após o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) alertar que americanos devem começar se preparar para a disseminação do vírus.

Dólar

Como o iShares MSCI Brazil e os ADRs brasileiros são negociados em dólar, a queda do mercado brasileiro pode ser ainda mais acentuada uma quarta, por incorporar uma eventual alta da moeda americana. Nessa terça, porém o dólar perdeu força ante as principais moedas globais. O índice DXY, que mede a força internacional do dólar, caiu 0,4% após subir 0,1% na segunda com aposta de novos cortes na taxa de juros americana.

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