MAP Linhas Aéreas quer operar em Fortaleza e Jeri ainda neste ano

A companhia, com base em Manaus, está em fase de expansão que inclui inicialmente o Ceará. Segundo CEO da empresa, a operação no Estado abrange voos regionais e voos de médio alcance, com foco no Norte do País. Previsão é iniciar as rotas a partir do quarto trimestre de 2019

Escrito por Hugo Renan do Nascimento , hugo.renan@diariodonordeste.com.br
Legenda: Atualmente, a empresa voa apenas nos estados do Pará e Amazonas

Com uma meta ousada de transportar 1 milhão de passageiros em 2022, a MAP Linhas Aéreas, com base em Manaus, no Amazonas, pretende iniciar as operações no Ceará a partir do quarto trimestre deste ano. As cidades estudadas pela companhia seriam inicialmente Fortaleza e Jericoacoara.

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De acordo com o CEO da empresa, Héctor Hamada, o objetivo da aérea é atuar fora da região Norte - onde opera no Pará e Amazonas, na categoria de voos regionais - começando pelo Ceará.

"A gente estuda algumas rotas interessantes. Hoje em dia, nossos clientes são muito da parte empresarial, comercial, um pouco de turismo, mas a gente quer criar rotas turísticas, e o Ceará é um destino turístico bastante atrativo, não só para o turista interno, mas também para o turista estrangeiro que procura se movimentar dentro do Brasil. O Ceará é um estado que está crescendo na recepção de visitantes, e queremos participar desse desenvolvimento e crescimento".

Para iniciar o processo de expansão no Estado, a MAP quer realizar voos regionais, entre as cidades cearenses, e voos de média distância, para os estados do Norte do País.

"Sair um pouco do Norte está no nosso planejamento, mas isso demanda muito trabalho e investimento. São mercados ainda pouco atendidos (Norte e Nordeste). A gente não quer concorrer com a aviação grande, porque o nosso foco é aviação regional complementando as companhias aéreas grandes. Queremos tanto conectar com a parte do Norte, como também conectar dentro do Ceará", explica o executivo.

Diálogo

Com um planejamento de oferecer uma política de subsídios, o Governo do Ceará já prepara um pacote de incentivos para a aviação regional. A MAP, no entanto, ainda não conversou com representantes do Estado, mas tem o interesse de iniciar um diálogo.

"Ainda não entramos em contato com a parte governamental. Eu acho que qualquer desenvolvimento de rota e ampliação de negócios na aviação envolve o governo. É um participante vital para o desenvolvimento de novas rotas".

Nesse processo de diálogo com empresas e governos, a MAP estuda ainda uma parceria, em formato codeshare, em que as companhias compartilham o mesmo voo, os mesmos padrões de serviço e os mesmos canais de venda, com uma companhia brasileira.

"Pode ser a Gol, estamos trabalhando nisso ainda. A certificação que conseguimos no ano passado abre portas para que seja qualquer empresa grande. Estamos terminando os últimos detalhes do contrato", afirma Hamada.

Além disso, a MAP fortaleceu a parceria com a fabricante de aviões ATR e iniciou a avaliação de novos fornecedores de aeronaves. "Estamos em contato com a ATR. Eles estão muito interessados no mercado brasileiro. E um dos intermediários que ela vê e que tem interesse para expandir seus negócios é a MAP. Estamos também avaliando novas opções de aviões. Talvez a própria Embraer".

A partir do quarto trimestre deste ano, a amazonense MAP Linhas Aéreas pretende iniciar as operações no Ceará, possivelmente nas cidades de Fortaleza e Jericoacoara. A ideia é fomentar a aviação regional

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