Intervenções na BR-116 devem elevar custo do frete em 15% no CE

Com obras de melhoria da via, na altura do município de Russas, autoridades sugerem desvio pela CE-040, o que pode encarecer o transporte das cargas, a exemplo de derivados de petróleo e pás de aerogeradores

Escrito por Redação ,
Legenda: Setor produtivo propõe parte do desvio pela CE-040 e parte por estrada Coluna-Cascavel.
Foto: FOTO: NATINHO RODRIGUES

Reunião nesta semana determinará se o custo do frete em relação às cargas transportadas pela BR-116, especialmente as que passam pelos quilômetros 69,8 ao 98, aumentará 15%, segundo o presidente da Câmara Setorial de Logística (CSLog), Heitor Studart.

De acordo com ele, a interdição do trecho ocorreu há cerca de 15 dias para tráfego de veículos com mais de 70 toneladas, o que vem provocando filas no local. "Por esse trecho, passa todo o tráfego pesado do Ceará como derivados de petróleo, pás dos aerogeradores, cargas normalmente acima de 70 toneladas, que são os caminhões bitrem", diz Heitor Studart.

Na última semana, representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Estado do Ceará (Setcarce) se reuniram com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Polícia Rodoviária Federal e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), entre outras instituições, para tratar de um caminho alternativo para o transporte dessas cargas.

Alternativas

"A sugestão do Dnit e da PRF é um desvio pela CE-040, aumentando em 80 quilômetros o percurso. Logicamente, o setor produtivo não aceita isso e, nesta semana, novamente vamos discutir a melhor solução", diz Studart. O trecho da BR-116 deve ficar interditado por cerca de 90 dias.

Para ele, uma alternativa melhor é que parte do desvio seja pela CE-040 e outra por uma estrada conhecida como Coluna-Cascavel. "Ela diminui um pouco o percurso em relação ao sugerido, pela CE-040, fica uns 40 quilômetros maior", explica.

"É um impacto muito significativo, é o transporte todo, ao Pecém, de todos os insumos. Nós não podemos ficar esperando. Saídas paliativas precisam ser adotadas", avalia o presidente da CSLog, lembrando da situação do Anel Viário. "A parte de manutenção da nossa malha rodoviária federal está muito precária, com vários pontos vulneráveis".

A reportagem entrou em contato com o Dnit para saber se já existe alguma definição sobre o caminho alternativo durante o período no qual o trecho ficará interditado e o dia da nova reunião, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.

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