Indústria atende à demanda da saúde

Escrito por Redação ,
Legenda: Fábricas produzem lençóis e outros produtos demandados por unidades de saúde
Foto: Foto: Divulgação

Após a publicação do decreto estadual que determina a paralisação de atividades, a indústria têxtil e de confecções segue atuando apenas para suprir a demanda da área da saúde. Aos funcionários, as empresas estão concedendo férias coletivas e crédito em banco de horas, mas já há relatos de demissões.

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É o que aponta o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções e Chapéus de Senhora no Estado do Ceará (SindConfecções), Elano Guilherme. "O setor de confecções está totalmente parado, com algumas empresas prestando serviço solidário ao Governo do Estado, produzindo especificamente para a área da Saúde, como lençóis e aventais para serem doados", afirma.

Ele ressalta que a orientação do sindicato para as empresas é de darem férias coletivas ou utilizarem o banco de horas, mas revela que já há associados falando em demissão, sem um número definido. Guilherme ainda pontua que não é possível calcular o impacto da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. "Mesmo depois de retomada as atividades, não sabemos quanto tempo vai demorar para o setor se recuperar", ressalta.

O diretor da Unitêxtil, Fábio Diniz Pinheiro, aponta que a empresa está funcionando com apenas 30% da capacidade instalada para atender justamente à demanda hospitalar. "Por enquanto, estamos antecipando férias e dando férias coletivas, mas, dependendo do prolongamento, as demissões serão inevitáveis", destaca.

Pinheiro ainda alerta que, mesmo se liberada a retomada das atividades, não significa que volta à normalidade, uma vez que pode não haver demanda. Ele ressalta não ser a favor da retomada das atividades de maneira geral, mas também pensa no futuro do contexto econômico, "sempre buscando o equilíbrio entre saúde e economia".

"Também, estamos seguindo rigorosamente as recomendações oficiais do MPT (Ministério Público do Trabalho) com relação aos procedimentos adotados para mitigação de risco para os "soldados" que foram "alistados" para a guerra, ou melhor, os funcionários que foram escalados para produção da linha hospitalar".

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