Grupo Reijers inicia exportação para Holanda em janeiro de 2020

Aumento dos despachos nacionais e cenário internacional animam o setor

Escrito por Redação , negocios@svm.Com.Br
Legenda: Produção cearense da Reijers é concentrada na Serra de São Benedito
Foto: Foto: Emanuell Coelho

O crescimento de 300% estimado em despacho de flores e plantas entre o ano passado e 2019 fará com que o Grupo Rosas Reijers volte ao mercado internacional em janeiro do próximo ano ao enviar um milhão de hastes para a Europa, segundo afirmou o diretor Roberto Reijers. O grupo, o maior produtor do Ceará e segundo maior distribuidor do Brasil, tem desenvolvido a produção local, na Serra de São Benedito, e aposta no cenário internacional de câmbio favorável para voltar a exportar.

"O hub no aeroporto (de Fortaleza) vai facilitar muito a logística e ajudar a escoar a nossa produção para a Europa. O dólar também está nos ajudando. Então, eu creio que no ano que vem o cenário vai ser bem positivo", disse Roberto, ontem (13), em evento no Mercado das Flores. "Queremos fazer os primeiros embarques já no início do ano". A última carga da Reijers ao exterior foi há 10 anos.

A empresa espera fechar o ano de 2019 com um crescimento de 300% nos despachos de flores e plantas, em relação a 2018. E um crescimento de 25% no faturamento. Até esta semana, já foram enviadas 26.130 caixas enviadas, sobretudo, para destinos do Norte e Nordeste.

Além dos despachos, a produção de flores e plantas no Estado apresentou crescimento acima da média nacional. Nos últimos quatro anos, a produção brasileira avançou 8% enquanto no Ceará o incremento foi de 25%. "Claro que o hub ajudará nas exportações, mas já vem ajudando muito na distribuição no mercado interno", diz Roberto.

Gargalos

Apesar da melhora dos resultados e das expectativas, a escassez hídrica ainda é um dos principais gargalos para o setor da floricultura do Ceará. Além disso, o diretor diz que o elevado custo dos insumos e a carência de mão de obra qualificada estão entre os desafios para crescer.

"A carga tributária atrapalha e o investimento que precisamos fazer para compensar a falta de água pesa bastante. Somos um setor forte, que gera muitos empregos e oportunidades, mas não temos políticas públicas com foco em expandir a floricultura no Estado", diz o diretor.

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