Fortaleza já estaria pronta para receber conexão de 5G, afirma Oi

Capital cearense está entre 26 cidades na qual a companhia já oferece serviços de 4.5G, cujo aparato tecnológico proporcionaria uma adaptação direta e ágil para a quinta geração de conexão de telefonia móvel

Escrito por Samuel Quintela | Rio de Janeiro , samuel.quintela@diariodonordeste.com.br
Legenda: Oi começou os testes do 5G em Búzios, no Rio de Janeiro

Fortaleza já está preparada para receber a quinta geração de conexão de telefonia móvel (5G), pela Oi, e deverá ser uma das primeiras cidades do Brasil a contar com a nova tecnologia. A confirmação veio do diretor de planejamento de core e transmissão da companhia, Laone Poleto, durante evento em Búzios, no Rio de Janeiro, onde a empresa montou uma estrutura de teste da funcionalidade, utilizando frequências de 3.5 GHz como teste.

A informação não garante, inicialmente, que Fortaleza será uma das primeiras cidades brasileiras a receber o 5G de fato. Algumas questões, como o próprio planejamento da Oi e o leilão de frequências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - que está marcado para o começo de 2020 - poderão causar impacto a previsão de chegada da quinta geração de telefonia móvel na Capital cearense.

Contudo, como a Oi já opera o 4.5G em Fortaleza, a adaptação para o novo sistema seria muito mais fácil. De acordo com Poleto, os equipamentos já instalados aqui estariam prontos para operar o 5G. Entre os ganhos principais, explicou o diretor da companhia, a nova tecnologia deverá trazer uma velocidade muito maior para usuários e uma resposta, ou latência, mais ágil em todos os âmbitos.

"O 5G deve chegar a ser a 50, 40 vezes mais rápido que o 4G. Além disso, devemos ter uma latência menor que um milissegundo", disse. Hoje, a Oi conta com estruturas de 4.5G em 26 cidades brasileiras, sendo uma delas a capital cearense. Todas elas estariam prontas para receber o 5G.

Funcionalidade

Outra possibilidade de aplicação para o 5G e que deverá ser explorado por empresas de telefonia e parceiros, é o conceito de internet das coisas, com sensores de segurança ou carros autônomos, por exemplo, afirmou Laone. Segundo o diretor, essas funcionalidades necessitam de um tempo de resposta muito baixo e de uma capacidade de conexão alta, para garantir estabilidade ao máximo de componentes ligados à rede possível, obtendo respostas ágeis.

"O 5G tem três pilares diferenciais: a velocidade; a latência, onde você um tempo de resposta muito menor, proporcionando conexões que necessitem dessa baixa resposta, como os carros autônomos. O terceiro pilar é justamente o da internet das coisas, que permite uma alta conexão de 'devices' em um pequeno espaço, então, é nessas coisas que a o 5G vem para beneficiar a população", disse.

Leilão

Na última quinta-feira (21), a Anatel ampliou o espectro que será colocado à venda no leilão que será realizado em março de 2020 para frequências de 5G. A previsão é que o Brasil tenha a operação da quinta geração nos próximos 3 ou 4 anos.

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