Fluxo deve dobrar no Centro Fashion; expansão em 2018

Diante da demanda, áreas como hotel, estacionamento e a de megalojas já estão nos planos de ampliação

Escrito por Redação ,
Legenda: O Centro Fashion já tem quase cinco mil boxes comercializados e recebe, em média, cerca de 4 mil pessoas por feira durante a baixa estação
Foto: Foto: Helene Santos

De portas abertas para atacado e varejo há pouco mais de 90 dias, o Centro Fashion Fortaleza, construído como uma aposta de alternativa aos feirantes da José Avelino removidos pela Prefeitura de Fortaleza, já se vê diante da necessidade de expansões em razão da grande demanda verificada nos poucos meses de funcionamento. O empreendimento, que chega a receber, por feira, mais de 4 mil pessoas, deve ver esse número dobrar durante o período considerado de alta estação para o atacadista - quando são realizadas as compras que abastecem os estoques do varejo para o fim de ano.

Dessa forma, o fim deste ano e o próximo devem ser de algumas mudanças para o centro de compras. Uma delas será a ampliação da área das megalojas - todas já comercializadas. Entre as modificações a serem realizadas no próximo ano estão a ampliação do estacionamento e da área de hospedagem oferecida pelo Centro Fashion, de acordo com o diretor do empreendimento, Francisco Philomeno Neto.

Quantos aos boxes - quase cinco mil já foram comercializados -, uma possível ampliação também só deve ocorrer no próximo ano.

Mudanças

A maioria dessas mudanças, segundo o diretor do Centro Fashion, está dentro do investimento inicial de R$ 100 milhões previsto para o negócio, mas ele avalia que o valor deve começar a ser superado em um futuro não muito distante. "Vai começar a superar porque a gente quer expandir o prédio em si. Nós dimensionamos ele muito bem ele para o atacado, mas está também está sendo uma surpresa para nós o movimento que o varejo tem dado", detalha. De 50 ônibus que chegam a Fortaleza com compradores no atacado nesta baixa estação, mais da metade vai para o Centro Fashion, segundo Philomeno.

"São pessoas que vem do Maranhão, Belém, vem do Rio Grande do Norte, da Bahia e do Piauí. Essa é a maior parte. Temos também compradores que vem de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, além dos que vem a cada 30 dias, como é o pessoal do Espírito Santo e São Paulo". Para atender ao público que vem de outras cidades e de outros estados, Philomeno destaca que o Centro Fashion conta com hotel que dispõe de 350 leitos entre os com banheiro, cuja diária custa R$ 110, e com banheiro coletivo, com diária de R$ 50.

De acordo com ele, o valor vai aumentando de acordo com a quantidade de camas que o hóspede pede que sejam colocadas no quarto. O espaço, que há duas semanas contava com ocupação de 100%, também deve ficar lotado nos próximos meses, conforme avalia Philomeno. Ele fala ainda que já vem realizando parcerias com outros hotéis para abranger toda a demanda. "Temos capacidade de expandir e a gente vai ampliar conforme for tendo essa demanda".

Varejo

De acordo com Philomeno, o varejo hoje representa entre 30% e 35% das vendas do Centro Fashion, mas ele avalia que o percentual deve diminuir ao longo do tempo, à medida que o empreendimento se fortalece cada vez mais como um centro de compras voltado para esse setor atacadista.

Espaços

Os quase cinco mil boxes - além das lojas e megalojas - representam a primeira fase do Centro Fashion Fortaleza, que conta, ao todo, com 8,4 mil boxes, que custam entre R$ 4 mil e R$ 28 mil. Quanto às lojas, foram 150 comercializadas de 300 que o empreendimento possui. Dessas 150, 130 já estão abertas e outras 20 seguem em fase de reformas e outros ajustes para abrirem as portas.

Segundo Philomeno, ainda há oportunidades em todos os setores - divididos por cores -, decorrência, em parte, da evasão de alguns compradores. "Teve gente que comprou aqui como primeiro negócio porque perdeu o emprego e viu como oportunidade, mas não soube trabalhar e desistiu", explica, acrescentando que esses espaços são prontamente reocupados quando isso ocorre.

"Dentro desse número, aproximadamente 10% acabaram desistindo. Esperava até mais, é natural e talvez o número tivesse sido menor se essas pessoas tivessem mais conhecimento do que era o Centro Fashion, porque muitos compraram na emoção", acredita Philomeno Neto.

Capacitação

Diante dessa taxa de cerca de 10% de evasão, Philomeno revela que o Centro Fashion fechou parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-CE) para a capacitação dos feirantes do Centro Fashion.

Ele destaca, entretanto, que não se trata necessariamente de uma medida preventiva contra as evasões. "A gente já tinha, desde o começo do Centro Fashion, essa ideia de fazer a parceria com o Sebrae, só não tinha um gancho. Agora a gente tem", acrescenta Philomeno.

As capacitações serão realizadas de agosto a dezembro e as temáticas abordadas incluem como produzir, como expôr o produto e outros módulos para preparar os permissionários e vendedores para o período de alta temporada no centro.

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