Empresas buscam ganho de produtividade

Escrito por Yohanna Pinheiro - Repórter ,
Legenda: Novas tecnologias permitem redução de despesas dos empresários e mais qualidade no atendimento de clientes

Com as dificuldades impostas pela crise econômica nos últimos anos, as empresas brasileiras têm procurado equilibrar receitas e despesas sem dispensar o auxílio das tecnologias para atingir esse objetivo. O ganho de produtividade é uma das maiores demandas dos empresários no Brasil e no Nordeste ao buscarem inovações, conforme aponta Felipe Rosa, gestor do segmento de varejo da TOTVS.

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"Nós temos percebido bastante demanda para automatizar processos, ganhar produtividade de escala", aponta o gestor. Ele destaca que, no varejo, diferentemente de outros setores da economia, há a experiência de loja que torna os avanços mais perceptíveis ao público - nesse setor, encaixam-se nessa estratégia ferramentas como os caixas automáticos de pagamento, que dispensam a utilização de uma pessoa para realizar a ação.

"Dar a possibilidade de o consumidor passar em caixas automáticos para, em tese, ser mais rápido, promove um grande ganho de produtividade para o negócio, que terá menos pessoas trabalhando", explica Felipe Rosa. "Com esse tipo de tecnologia, é menos custo para operar, mais qualidade para o cliente e o empresário pode ainda fazer outras coisas para melhorar a experiência do cliente".

Por outro lado, o gestor reforça serem necessários pessoas, processos e tecnologia para gerir os negócios. "O primeiro ponto é a capacitação das pessoas, para depois mudar os processos. Não adianta colocar um big data se as pessoas não acompanharem essas mudanças, ou não ter um processo de operação de logística baseado em dados. Colocar tecnologia por colocar acaba não resolvendo muito coisa", pondera Felipe Rosa.

Soluções acessíveis

Antes restrito a grandes empresas, as tecnologias estão sendo disponibilizadas de forma muito mais democrática no mercado, conforme destaca o superintendente de inovação da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Magno Lima. Ele destaca que demanda de negócios de todos os portes por tecnologias de software e hardware é crescente e deverá ser ainda maior nos próximos anos.

"É uma questão de sobrevivência", aponta o superintendente. Lima pondera, entretanto, que há um tempo necessário para o aprendizado da empresa e do próprio mercado para o uso da tecnologia, quanto mais recente ela for.

"Um exemplo disso foi quando a Netflix tentou vender sua solução à Blockbuster, que decidiu não adquirir. Deu no que deu: a Blockbuster faliu e o Netflix é hoje um dos principais players de disponibilização de conteúdo. As empresas levam um tempo para entender". (YP)

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