Empresariado cearense defende manutenção do Banco do Nordeste

Após incertezas quanto ao futuro do banco, empresários do Lide frisaram a importância do banco para o desenvolvimento da região Nordeste e do País, além da permanência do presidente Romildo Rolim à frente da Instituição

Escrito por Ingrid Coelho , ingrid.coelho@diariodonordeste.com.br
Legenda: A presidente do Lide, Emília Buarque, ao lado do presidente do BNB, Romildo Rolim
Foto: FOTO: HELENE SANTOS

Após as especulações sobre mudanças que poderiam colocar em risco a atuação do Banco do Nordeste aparentemente terem perdido força, a instituição financeira voltou a ser reafirmada como fundamental ao desenvolvimento econômico e social da Região (e das demais áreas nas quais o banco está presente). Dessa vez, a chancela veio do empresariado cearense.

Durante encontro entre as principais lideranças empresariais do Estado (Lide Ceará) e o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, a presidente do grupo, Emília Buarque, frisou o desempenho do banco e destacou, ao abrir a solenidade, a importância do BNB e da região Nordeste para o desenvolvimento do País.

"A nossa intenção (além de discutir a reforma da Previdência) também era dizer, como já disse pessoalmente ao secretário, da nossa convicção acerca do acertado caminho que o Banco do Nordeste tomou no último ano", destacou a presidente do Lide, em um apelo para a manutenção da entidade.

"Passada toda essa celeuma que foi criada em relação à fusão ou não com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) - que seria um verdadeiro retrocesso para a economia do Nordeste -, até porque o ministro já declarou que o banco continua como está, em nome de toda a classe empresarial, posso testemunhar a excelência, seriedade e foco em resultados vistos nessa gestão (do BNB). Peço seu apoio junto ao ministro no que se refere a esse nosso pleito no sentido de preservar este grupo atuante sob o comando de Romildo Rolim", afirmou Emília.

Para ela, o pleito traduz "uma confiança em uma Instituição de fomento especializada em pobreza". "Amargamos um 'gap' de mais de 50 anos de não-desenvolvimento a contento, que nós gostaríamos que a iniciativa privada tivesse. E a existência do BNB atenuou esse subdesenvolvimento na Região".

Para Romildo Rolim, à frente do Banco do Nordeste, "a classe empresarial percebe a efetividade do trabalho do banco". "O banco está sendo efetivo e a classe empresarial está se manifestando sobre a necessidade de o BNB se perpetuar como banco de desenvolvimento".

O presidente voltou a afirmar que não acredita em uma extinção ou fusão do Banco do Nordeste. "Essa demanda nunca existiu, mas a manifestação é sempre muito importante porque é o testemunho da sociedade que enxerga e empresta recursos públicos ao banco. A sociedade está entendendo que estão sendo bem aplicados. Isso quer dizer que a coisa está funcionando direito", explica Rolim.

Mudanças de cargos

Segundo fontes ligadas ao banco, alguns cargos de gestão ocupados por nomes ligados à antiga gestão do Governo foram trocados. Questionado sobre as movimentações, Rolim respondeu que "mudanças de gestão e cargos de confiança são naturais". "Sempre existe e sempre existiu. Tenho 30 anos de banco, já fui gestor de mais de 20 cargos. Isso é natural de quem é gestor de dentro de uma empresa".

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