Egídio Serpa: Elite, privilégios e previdência

Escrito por Egídio Serpa , Egidio.serpa@diariodonordeste.Com.Br

Esta coluna tem dito, e o repete agora: quem está contra a Reforma da Previdência não é o aposentado pelo INSS, cujo teto de aposentadoria não chega a R$ 6 mil mensais, mas os privilegiados das corporações do serviço público que se apropriaram da gestão dos três poderes e cujos salários, proventos e pensões são absurdos adquiridos e garantidos por leis que, muitas vezes, foram escritas para contemplar determinados grupos de servidores. O que o Diário do Nordeste revelou ontem sobre os supersalários e as superaposentadorias não surpreende, apenas confirma a certeza de que, no Brasil, há uma elite que vive à custa do esforço de quem produz e trabalha. Esse apartheid tem, agora, o apoio da mídia que, sendo contra o atual Governo, é contra a nova Previdência, a primeira saída para a crise.

Cortou!

Um pequeno produtor rural teve cortada, pela Enel, a energia elétrica de sua fazenda de produção no interior do Estado. Pagou a dívida no mesmo dia do corte, mas a Enel só religou quatro dias depois: é que a empresa italiana não faz religações nos fins de semana.

Atenção!!!

Podem ser suspensas a qualquer momento as obras finais do Canal Norte do Projeto São Francisco - o que trará água para o Ceará e Rio Grande do Norte. O Ministério do Desenvolvimento Regional atrasou os pagamentos e a empreiteira, por sua vez, deixou de pagar aos seus funcionários, que ameaçam paralisar seus serviços. Água no Castanhão só no fim do ano.

Evaporação

Opinião do empresário e engenheiro Cristiano Maia, dono da Construtora Samaria: "Se não entubarem o pouco volume de água que virá do Projeto São Francisco para o Açude Castanhão, o seu destino será um só: a evaporação". Para reduzi-la, Maia defende que de Jati ao Castanhão essa água seja injetada em grandes tubos de aço. Custa caro.

Aviação

Quem entende de tributação e de aviação está dizendo: a Gol, que deveria ter - e não tem - voo direto de Fortaleza para Miami e Orlando como contrapartida à redução do ICMS sobre o querosene que seus aviões consomem, usa o Aeroporto de Fortaleza apenas como ponto de reabastecimento.

Indústria

Foi, literalmente, eleição por aclamação a que ontem teve a nova diretoria da Fiec, presidida por Ricardo Cavalcante e vice-presidida por Carlos Prado, que em setembro tomarão posse. Mais de 500 empresários lotaram o auditório e, com longa salva de palmas, elegeram os neodirigentes da Fiec.

Gestão Histórica

Emocionado, com tom de despedida, Beto Studart reconheceu que sua gestão na Fiec foi mesmo histórica. Ele deixa para o próximo presidente no caixa da entidade R$ 100 mi.

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