Egídio Serpa: Bolsonaro e a Previdência

Escrito por Egídio Serpa , egidio.serpa@diariodonordeste.com.br

Está politicamente desarrumado o Governo do presidente Bolsonaro. Há uma prioridade que deve ser perseguida, a reforma da Previdência, sem a qual não haverá crescimento da economia nem redução do desemprego, mas o presidente, por imaturidade ou falta de aconselhamento, prefere ater-se, via Twitter, à crítica dos costumes. O foco do presidente deveria ser, neste momento, um só: a construção de uma base de apoio no Congresso Nacional, onde parece crescer – com forte ajuda da mídia - um sentimento não contra o Governo, mas contra Bolsonaro, que parece não dar a devida importância à sua proposta de criação de uma Nova Previdência. Se esta for aprovada, o País sairá da crise, e isto a oposição não quer. Diante dos últimos acontecimentos, empresários com os quais esta coluna conversou ontem chamaram atenção para o que faz e diz o vice-presidente Hamilton Mourão, cujas opiniões ganham cada vez mais espaço na imprensa, que já o tem como o contraponto preferencial às atitudes de Bolsonaro. A Presidência da República é uma Instituição com liturgia e ritual próprios, aos quais seu ocupante, qualquer que seja, deve obediência e respeito. 

Imóveis

André Montenegro, presidente do Sinduscon-Ceará, informa: está reagindo, “mas lentamente”, o mercado cearense de imóveis de R$ 300 mil a R$ 1 milhão, onde está a classe média. Ele está otimista, pois o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, garantiu à direção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) que o Governo dará total apoio ao setor, “que é gerador intensivo de mão de obra”. Montenegro faz uma revelação: no ano passado, o programa Minha Casa Minha Vida representou mais de 50% do mercado imobiliário do Ceará e do Brasil como um todo. Ele também revela: as liberações do Governo para o MCMV, que atrasaram em dezembro e janeiro, foram regularizadas. 

Segurança

Tornaram-se parceiras a empresa cearense Servnac – que atua há 20 anos nas áreas de segurança, rastreamento e locação de mão de obra – e a Faccin Consultoria, de São Paulo. Esta desenvolverá para aquela um projeto na área de segurança eletrônica para atender à crescente demanda de seus clientes no Ceará e noutros estados. 

Câmbio

Operadores cearenses </MC> do mercado de câmbio já admitem que a cotação do dólar pode chegar a R$ 4, se persistirem as dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência.

13º salário

Cresceu a procura pela</MC> antecipação do 13º salário no Ceará em 2018. O Itaú Unibanco informa que o volume de concessão dessa linha de crédito teve alta de 33,4% em relação a 2017. Antecipar agora o 13º, cuja 1ª parcela será paga em agosto, não é boa coisa.

Dólar

O dólar, que segue em trajetória de alta, encerrou a R$ 3,886, com avanço de 1,3% na última quinta-feira (7).

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