Com estagnação, comércio tem prejuízo no Dia das Mães

Consumidor se retraiu por alto nível de desemprego, analisa CDL

Escrito por Redação , negocios@verdesmares.com.br
Legenda: Faturamento dos shoppings brasileiros teve queda de 5% no Dia das Mães de 2019 ante 2018, segundo a Alshop
Foto: Foto: Bruno Gomes

O comércio cearense ainda não concluiu os cálculos, mas já reconhece que, em 2019, haverá prejuízo nas vendas relacionadas ao Dias das Mães. A perspectiva foi confirmada pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante. Além da análise prévia local, segundo dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), o faturamento dos shoppings brasileiros, nessa data comemorativa, teve queda de 5% em relação a 2018.

O desempenho negativo, segundo Assis, mesmo que não completamente mensurado ainda, deverá afetar diversos segmentos do comércio nos próximos meses. A expectativa, explicou, era de que os números de 2019 se aproximassem do resultado do ano passado, considerando o otimismo gerado pelo novo momento político vivido pelo País.

No entanto, o retorno dos investidos de parte dos lojistas não foi percebido, o que deverá afetar o capital de giro de alguns empresários e prejudicar o faturamento sobre produtos já adquiridos e que não foram vendidos no período do Dia das Mães. "O comércio se preparou, investiu, mas não teve retorno e agora vai ter de vender esse produtos que não foram negociados lá na frente, com liquidação e poderá haver perdas", explicou Cavalcante.

Para o presidente da CDL, a estagnação da economia brasileira fez com que o consumidor adotasse uma postura mais conservadora e se retraísse antes da data comemorativa. Assis considera que se o Governo não executar as reformas estruturais anunciadas antes das eleições - envolvendo a Previdência e o sistema tributário nacional, por exemplo -, não há como haver recuperação da atividade econômica e das vendas dos comércio.

"Houve uma queda e ainda não sabemos de quanto, mas isso tem uma causa simples. Nós temos 13 milhões de desempregados e a inflação está segurada em cima do consumo, então não tem milagre, a economia não flui. Sem as reformas, fica difícil a economia fluir", avaliou Assis.

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