Classe C volta a crescer e prioriza custo-benefício nesta nova fase 

Segundo o especialista do Instituto Locomotiva, a mudança no hábito de consumo forçará as empresas a melhorarem a atratividade de seus produtos

Escrito por Redação ,
Legenda: Em um ano, mais de 2 milhões de pessoas passaram a integrar a classe C.
Foto: JL Rosa

Uma década depois da criação do termo “nova classe média”, essa parcela da população no Brasil voltou a crescer de 2017 para 2018 – passando de 50% a 51% da população, uma adição de mais de 2 milhões de pessoas – após uma queda nos dois anos anteriores. 

As famílias da classe C estão otimistas com o que está por vir e pretendem voltar a comprar bens de maior valor agregado, como eletrodomésticos e materiais de construção, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva. Mas a busca por essas metas não será a qualquer preço: o consumo-ostentação dos tempos de bonança foi substituído pela exigência de um claro custo-benefício.

Essa nova relação com o consumo é “caminho sem volta”, segundo Renato Meirelles, presidente do instituto. Com o aumento ainda tímido (0,9%) da renda desse contingente no ano passado, para convencer os 106 milhões de consumidores da classe média a gastar o dinheiro que têm em mãos, as empresas terão de suar. 

“As marcas vão precisar saber muito mais sobre os hábitos desses consumidores para convencê-los a abrir a carteira”, diz Meirelles. “O consumo agora não vai estar mais ligado ao acesso a qualquer custo, à ostentação, mas sim à performance e à relevância de cada produto”.

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