Centro Fashion espera dobrar fluxo e receber 240 mil pessoas

Volume diz respeito aos visitantes por mês. Ideia agora é expandir o mercado de atuação, com foco no exterior

Escrito por Levi de Freitas - Repórter ,
Legenda: Hoje, o local recebe pessoas oriundas de diversas partes do Brasil
Foto: Fotos: KID JÚNIOR

O Centro Fashion, em Fortaleza, vem se consolidando no mercado atacadista e varejista de confecções do Estado. A estrutura do prédio, que dá suporte logístico ao público, aliada aos preços de fábrica convidativos, tem agradado vendedores e compradores que, feira após feira, lotam o espaço e multiplicam as esperanças de bons negócios por entre os corredores do empreendimento. A expectativa para este fim de ano é de receber aproximadamente 240 mil pessoas por mês. Para 2018, o foco é expandir o mercado de atuação, visando o exterior, especialmente, o continente africano, levando o Ceará de volta ao topo do setor a nível nacional.

> Preço e variedade para fisgar os consumidores 

Gente de todos os cantos do País vem a Fortaleza para fazer negócios no empreendimento, em funcionamento desde abril deste ano, na Avenida Filomeno Gomes, 430, bairro Jacarecanga. Abrigando atualmente 3.500 boxes em atividade - mas com capacidade instalada para cinco mil espaços e potencial de crescimento para chegar a 8.400 - o equipamento tem sido visitado por compradores de todas as regiões do Brasil.

Contudo, conforme o diretor do Centro Fashion, Filomeno Neto, os principais visitantes que chegam ao espaço e conferem os produtos, que quase em sua totalidade são fabricados e vendidos por empresas cearenses, são oriundos das regiões Norte e Nordeste do País.

"Nosso foco é no Norte e Nordeste, mas temos visitantes do Sul, Sudeste, Centro-Oeste. Temos hoje algumas cidades de onde as pessoas vem mais, como Belém, São Luiz, e Natal, e dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, além do interior do Ceará. Temos trabalhado para receber mais pessoas vindas do Espírito Santo, São Paulo, de Manaus", afirmou o gestor.

Conforme ele, o objetivo atual do empreendimento é expandir o alcance, chegando até ao continente africano. "Temos essa perspectiva de retomada internacional. Fortaleza recebia muitos visitantes de Cabo Verde, para comprar confecções. Temos feito o trabalho de divulgar nossa infraestrutura aos clientes internacionais para atraí-los de volta", ressaltou.

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Serviços

Neto exalta que o espaço, de 70 mil metros quadrados, abriga estacionamento coberto para carros, estacionamento para ônibus, banheiros com área para banho, ampla praça de alimentação, wi-fi e hotel.

"Ainda temos um salão de beleza, caixas eletrônicos. A ideia é proporcionar conforto e segurança para o comprador. O Centro Fashion veio para fortalecer o setor e devolver o Ceará ao posto de referência na moda popular atacadista", apontou.

O Centro Fashion possui, oficialmente, duas feiras semanais De quarta-feira, a partir das 6h, até quinta-feira, meio-dia; e de sábado, 6h até meio-dia de domingo. Agora, no fim do ano, surgiu uma terceira feira, às sextas, começando meio-dia e indo até o último cliente.

Perspectiva

O diretor do Centro Fashion afirmou que a perspectiva para este fim de ano é extremamente positiva do ponto de vista do fluxo de pessoas. Segundo Filomeno Neto, em períodos tidos como de baixa estação (após o dia das mães e antes do Natal), o estabelecimento costuma receber por feira aproximadamente 100 ônibus, com cerca de 50 pessoas cada, o que daria 5.000 visitantes por feira.

Em um mês normal, com oito feiras, são, portanto, algo em torno de 40 mil pessoas circulando pelo espaço. Com a proximidade do Natal e o acréscimo de mais um dia de feira, este número disparou. Em um único evento, o Centro Fashion já chegou a receber 10 mil visitantes. Atualmente, a média tende a chegar a 120 mil pessoas ao fim do mês. E a meta, agora, é dobrar o fluxo. O diretor Filomeno Neto projeta chegar a 240 mil pessoas visitando os boxes do Centro Fashion.

"Fortaleza recebia, nas épocas boas, cerca de 100 a 120 ônibus em dias de feira, na alta estação, Natal e Dia das Mães. Nestes últimos dois anos, esse fluxo vinha caindo bastante. E hoje, voltou a crescer. Estamos tendo cerca de 200 ônibus por feira, o que é um número recompensador, e que vem crescendo. Agora, no fim do ano, a expectativa é crescer o dobro. Um número que serve de norte pra gente é de 10 mil pessoas, mas a gente espera que dobre no fim do ano. Nosso estacionamento está lotado. Ninguém fechou a contabilidade, mas esperamos pelo menos 20 mil pessoas por feira".

Qualidade

Neto enfatizou o poderio cearense em produzir peças de qualidade e preço baixo, o que solidifica o setor a nível nacional, especialmente, com o espaço de qualidade agora disponível para recepcionar os visitantes.

"A gente sabe que o Ceará é inovador, muito criativo, tem um acabamento muito bom nas peças, e tem um preço convidativo, muito bom. Sempre fomos (os cearenses) os primeiros em vendas de confecção para o Nordeste. Perdemos um pouco o espaço, mas com a vinda do Centro Fashion, o atacado de confecção volta a ser uma força muito grande do Estado, representando muito para a economia. Fortaleza não tinha um prédio com infraestrutura para atender quem vem de fora. E o que isso representa para a economia, pela quantidade de empregos que gera, de pessoas envolvidas na cadeia, não sabemos nem conseguimos auferir", exaltou o administrador.

O que eles pensam

Estrutura adequada e mais vendas

"Trabalhava na Rua José Avelino e vim pra cá assim que inaugurou. Trabalhei na feira 2 anos e meio, no chão, com a mercadoria em cima da lona. Agora, estou com um box e não tem comparação. O movimento melhora a cada feira e sempre ultrapasso minha expectativa. Minha fabricação está sendo o triplo. Vendo muito mais aqui do que lá"

Luana Bessa
Permissionária

"Tenho uma loja em frente a Igreja da Sé (no Centro) há dez anos. E aqui, apesar de ser um empreendimento novo, está surpreendendo. Os clientes estão gostando, e o importante é isso, quem vem de fora, aprova. Estou vendendo bem. Toda minha produção, eu vendo. E eu não esperava ser tão rápidas as vendas, mas está superando as expectativas"

Pedro Paulino
Permissionário

"Tenho minha marca, a Reobote, há quatro anos. E aqui, temos sido visitados por pessoas de todos os estados e de outros países. Crescemos muito em relação à marca. Vendi um carro para comprar o box, e já tive retorno em pouco tempo. Já sei que vou comprar outro carro, melhor, no próximo ano. O Centro Fashion tem o diferencial da administração"

Djany Moura
Permissionária

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