Ceará quer alavancar negócios com a Suíça através de parcerias

Uma das medidas é formar joint ventures, que são alianças estratégicas com um objetivo comercial comum, com o intuito de desenvolver o setor industrial cearense e firmar cooperação tecnológica

Escrito por Redação , negocios@verdesmares.com.br

Conhecida pelos bancos, relógios modernos e pela qualidade do chocolate, a Suíça quer se aproximar cada vez mais do Ceará. As empresas cearenses e do país europeu devem formar joint ventures - acordo que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum - para viabilizar negócios nas áreas de saúde, eletrônica, energias renováveis, metalmecânica, alimentos e automotiva.

"Nas reuniões foram apontadas algumas oportunidades de interação, cooperação e negócios com a Suíça. Estamos costurando algumas ideias de parcerias e projetos. Eles têm um desenvolvimento de competência e tecnológico em muitas áreas. Então é uma gama muito grande de possibilidades, tanto de fomento à cooperação como programa de internacionalização de empresas", explicou o presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), André Siqueira.

Ele participa do evento "Conexão Ceará - Suíça", até esta quarta-feira (20), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Reuniões

Hoje (19), ocorrerão as reuniões individuais com os sindicatos e empresários do Simec, Sindialimentos, Sindquímica, Sindlaticínios. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Petróleo no Estado do Ceará (Sindquímica-CE), Marcos Soares, as conversas desta terça-feira devem girar em torno das demandas do setor químico. "Eles têm algumas expertises nessa área que a gente tem bastante interesse, principalmente na área de fármacos, plásticos e saúde. São esses os setores que a gente conheceu lá e sabe que eles têm essa expertise. Eles trabalham muito essa mecânica fina, então essa parte de aparelhos nas áreas hospitalares e saúde são interessantes".

Segundo ele, ainda não há nenhuma negociação em andamento para a formação de joint ventures entre as empresas suíças e cearenses. "Nós vamos conversar sobre essas possibilidades. Vai ser o primeiro contato que a gente vai ter com eles aqui para justamente identificar as oportunidades. Dependendo da demanda a gente vai mostrar o que é o setor químico no Estado e com a apresentação do setor eles vão identificar algumas empresas na Suíça que a gente possa fazer transferência de tecnologia, ou joint venture ou abertura da unidades de empresas suíças aqui no Ceará", observa. Soares ainda diz que os investidores da Suíça focam principalmente no setores químico, metalmecâmico, laticínios e automotivo do Ceará.

"Na nossa reunião do Sindquímica a gente traz os diretores das áreas setoriais de cosméticos, saneantes, tintas, plásticos e saúde", completa.

Comércio

A balança comercial do Ceará é deficitária em relação à Suíça em mais de US$ 9,6 milhões. O Estado exportou no ano passado para o país europeu pouco mais de US$ 2,14 milhões e importou cerca de US$ 11,77 milhões.

Além de preparações de produtos hortícolas, frutas e outras partes de plantas, calçados, obras de pedra, gesso, cimento, cordas e cabos, combustíveis minerais e óleos minerais, o Ceará exportou ainda para a Suíça artefatos têxteis confeccionados (US$ 10,2 mil), móveis (US$ 7,4 mil), plásticos, guardas-chuvas, sombrinhas e também guarda-sóis (US$ 1 mil).

Já no processo de importação, o Estado ainda comprou da Suíça obras de pedra, gesso, cimento, amianto e mica ou de matérias semelhantes (US$ 149,8 mil), instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia, de cinematografia, de medida, de controle ou de precisão (US$ 129,3 mil), máquinas, aparelhos e materiais elétricos e partes (US$ 128 mil), obras de ferro fundido, ferro ou aço (US$ 104,6 mil) e plásticos e suas obras (US$ 49 mil).

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