Ceará atinge nível moderado de desenvolvimento

Escrito por Redação ,
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Numa escala de zero a um, o Estado alcançou nível moderado de desenvolvimento municipal

Com avanços nas áreas de saúde e emprego e renda, o Ceará ocupa a 17ª posição no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), sendo o 4º colocado na Região Nordeste. O Estado registrou evolução positiva na análise dos resultados do IFDM no intervalo de um ano. O IFDM, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e obtido com exclusividade pelo Diário do Nordeste, varia numa escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o desenvolvimento humano, de acordo com dados oficiais relativos a emprego e renda, educação e saúde.

Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano. O índice geral do Estado avançou de 0,6212, em 2005, para 0,6319, em 2006 - uma alta de 1,7% -, desempenho que mantém o Ceará com nível de desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8), em relação ao País. As regiões de destaque no Ceará são a Grande Fortaleza, Litoral Leste, Jaguaribe e Cariri.

Destaques

Entre as vertentes analisadas pelo estudo do Sistema Firjan, o grande responsável pelo bom desempenho no desenvolvimento cearense entre 2005 e 2006 foi o avanço na área de saúde. O indicador passou de 0,6589 para 0,6922, o que significa uma variação de 5,1%. Coerente com os resultados apresentados pelo mercado de trabalho local em 2006 - quando foram gerados 33,6 mil postos de trabalho com carteira assinada -, o índice de emprego e renda também apresentou evolução positiva (2,6%), passando de 0,5627 para 0,5772. "O resultado, contudo, não foi capaz de elevar o Estado ao patamar de desenvolvimento moderado nesta área", assinala Patrick Carvalho, chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan. O indicador de educação foi o único que apresentou pequena oscilação negativa, de 06418 para 0,6262.

Cenário

Em 2006, o Ceará possuía 8,2 milhões de habitantes e era responsável por um PIB de R$ 46,3 bilhões, equivalendo a R$ 5,6 mil per capita e a 2,0% do PIB nacional. Seu mercado de trabalho apresentava mais de um milhão de empregados formais e, neste ano, foi responsável pelo segundo maior saldo de vagas celetistas do Nordeste com novos 33,6 mil postos de trabalho.

Ainda segundo o estudo da Firjan, a indústria local registrou crescimento de 8,2% de sua produção em 2006, bem acima da média nacional de 2,8% naquele ano. Em termos fiscais, o Estado contabilizou receitas de R$ 4,5 bilhões em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Menos desigualdade

O IFDM apontou, em 2006, em âmbito nacional, maior concentração de municípios com índices entre 0,5 e 0,7 pontos, migrados de faixas inferiores, o que mostra tendência de redução da desigualdade de desenvolvimento entre as cidades. A média brasileira do IFDM foi de 0,7376, superior aos 0,7129 de 2005 (alta de 3,47%). Em 2000, apenas 48,5% dos municípios brasileiros apresentavam índices na faixa de 0,5 a 0,7 pontos. Em 2005, o percentual saltou para 54,5%, passando em 2006 para 59,1%. A existência de defasagem temporal de três anos entre a divulgação do resultado e o ano a que se refere o índice decorre do fato de serem utilizadas apenas estatísticas oficiais. Assim, somente este ano foi possível reunir todos os dados.

SAMIRA DE CASTRO
REPÓRTER

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