Calculadora da Previdência: quase 11 mil fizeram simulação

Ferramenta elaborada pelo Sistema Verdes Mares que simula o tempo e valor do benefício de acordo com a reforma sairá do ar devido às alterações realizadas pelo Congresso, mas retorna quando o texto chegar ao Senado

Escrito por Redação ,
Legenda: Nesta semana, após o relator da proposta, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentar parecer em comissão especial na Câmara, alguns pontos polêmicos foram amenizados.

Lançada no dia 2 de maio, a Calculadora da Aposentadoria, desenvolvida pelo Sistema Verdes Mares para auxiliar os trabalhadores a entenderem como ficarão seus benefícios com as novas regras da reforma da Previdência, somou quase 11 mil simulações. Diante das alterações no texto da proposta, a ferramenta irá sair do ar temporariamente até que o projeto chegue ao Senado, com as regras atualizadas.

Do total de simulações, 65% delas foram feitas por homens. Entre os tipos de regime, os trabalhadores que contribuem para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foram os que mais consultaram a plataforma, sendo responsáveis por 64% das respostas. As simulações para servidores (22%) e professores do serviço público (6,8%) também apresentaram grande representatividade.

Cerca de 24% das pessoas que utilizaram a calculadora possuem entre 30 e 39 anos. Outros 20% estão na faixa etária de 40 a 49 anos. Quanto ao tempo de contribuição, 32% dos trabalhadores que realizaram simulação já contribuíram de 10 a 20 anos.

Nesta semana, após o relator da proposta, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentar parecer em comissão especial na Câmara, alguns pontos polêmicos foram amenizados. Entre eles, a retirada das novas exigências de idade e tempo de contribuição dos trabalhadores rurais e os segurados do Benefício de Prestação Continuada (BPC). 

Para o coordenador estadual do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) e colaborador na elaboração da calculadora da Previdência, Paulo Bacelar, as alterações amenizam o impacto para a população, mas avalia que ele continua alto. 

“Nada que se aprove vai ser bom, porque os motivos que justificam a reforma dão a entender que não há dinheiro para nada. Mas o dinheiro da Previdência não é para ser usado na Educação ou na Saúde, é para ser usado na Previdência”, avalia.

Bacelar pontua que a desconstitucionalização do texto também é um avanço, uma vez que se fecha brechas para alterar as regras através de leis. “Mas outros pontos ficaram de fora, como a regra de transição, que é muito curta, e a aposentadoria por invalidez”, ressalta.

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