Anac vai encerrar atendimento presencial no Aeroporto de Fortaleza

Agência Nacional de Aviação Civil ainda explicou que medida deve abranger outros 14 aeroportos brasileiros a partir de junho. Segundo o órgão, economia é de R$ 4 milhões por ano. Posto será substituído por totens de autoatendimento

Escrito por Redação , negocios@verdesmares.com.br
Legenda: Totens serão instalados no terminal para que os passageiros possam recorrer à Agência

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai desativar, em junho, o posto de atendimento presencial a passageiros que mantém no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Além deste, o órgão vai descontinuar os serviços de outros 14 pontos espalhados por terminais brasileiros. A medida ocorre no momento em que a Avianca Brasil cancela diversos voos por todo o País, fazendo com que os viajantes necessitem de atendimento em caso de denúncias e reclamações.

Segundo a Anac, os locais serão substituídos por pontos de autoatendimento e a decisão foi motivada devido à baixa demanda pelo serviço e para economizar recursos públicos. "Isso permitirá a otimização de uso dos recursos orçamentários da Agência, em especial nas ações de fiscalização das operações nos aeroportos por meio de operações especiais e vigilância continuada. A descontinuidade do atendimento presencial para o registro de manifestações em 15 aeroportos resultará em uma economia de R$ 4 milhões por ano, enquanto a instalação de totens custará R$ 1,2 milhão a cada três anos".

Além de Fortaleza, o serviço é prestado atualmente por profissionais terceirizados nos aeroportos de Brasília (DF), Confins (MG), Congonhas, Guarulhos e Viracopos (SP), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Galeão e Santos Dumont (RJ), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Salvador (BA).

Os funcionários "apenas fazem o registro da manifestação do passageiro no sistema www.Consumidor.Gov.Br ou oferecem acesso ao computador para que o próprio passageiro possa fazê-lo", afirmou o órgão em nota.

Automação

Os totens de autoatendimento serão instalados em maio e estarão disponíveis para busca de informações e envio de reclamações às empresas aéreas. A decisão está alinhada a uma tendência mundial, segundo Gustavo Kloh, professor da FGV Direito e especialista em direito do consumidor.

"O serviço presencial é um custo que pode ser facilmente cortado, desde que sejam mantidos outros canais aos quais o passageiro possa recorrer, como e-mail e números de telefone. As reclamações mais complexas podem ser direcionadas a esse tipo de serviço", explicou Kloh.

"Diminuir a estrutura reduz custos, mas traz problemas. A Anac, como órgão regulador, deveria dar maior peso à atenção ao consumidor", opinou Cecilia Almeida, especialista em gestão pública.

"Com a medida, a Agência se afasta das questões que ocorrem com o cidadão. No passado, vimos essa automatização acontecer com as teles, e houve pressão para que o atendimento pessoal voltasse", afirmou ela.

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