Anac pode rever fim de franquia

Segundo o ministro dos Transportes, a medida não faz sentido se não resultar na queda no preço da passagem

Escrito por Redação ,

Brasília. O fim da franquia de bagagens poderá ser revisto se não resultar em redução dos preços das passagens, disse ontem (2), o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. "O ministério está de olho, vai acompanhar e já comunicou as companhias aéreas que, se a medida não resultar queda, ela não faz sentido. (...) Então, a Anac pode rever", disse.

Quintella lembrou que o objetivo do governo, ao adotar a medida, foi criar um mercado de serviço aéreo de baixo custo, o chamado "low cost", no Brasil. A fala do ministro soou como resposta ao presidente da Gol, Paulo Kakinoff. Nesta semana, o executivo afirmou que as novas tarifas não serão necessariamente mais baixas que as atuais. "(O consumidor) não vai comparar meu preço antes e depois da regra. Vai comparar com o do meu competidor (no dia que quiser viajar)", disse.

Kakinoff acrescentou ainda, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que as tarifas aéreas são "dinâmicas", variando conforme a procura, a data da viagem e o câmbio, já que cerca de 50% dos custos do setor estão atrelados ao dólar. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)aprovou, em dezembro, um regulamento que permitirá às companhias cobrarem pela bagagem despachada a partir do próximo dia 14.

Redução não é garantida

A nova norma da Anac, não garantirá bilhetes de voo mais baratos, na comparação com os patamares atuais. Segundo o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, é certo que a tarifa para quem viajar sem mala será menor do que o preço pago por quem despachar bagagem.

O executivo disse, porém, que não há projeção de redução de preço por parte da Gol. "(O consumidor) não vai comparar meu preço antes e depois da regra. Vai comparar o meu preço com o do meu competidor (no dia em que quiser viajar)." Kakinoff acrescentou ainda que as tarifas aéreas são dinâmicas, variando conforme procura, data da viagem e câmbio - já que cerca de 50% dos custos do setor estão atrelados ao dólar.

A nova regra da Anac atende a uma demanda antiga do setor aéreo, que defendia o fim da franquia de bagagem gratuita, de até 23 kg por passageiro nos voos nacionais, com o argumento de aproximar as normas brasileiras aos padrões internacionais.

Atualmente, apenas Venezuela, Rússia e México também exigem que as companhias aéreas transportem pelo menos uma mala sem cobrar nada a mais por isso, segundo informou a própria agência reguladora.

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