Trump quer nova cúpula com Putin

Escrito por Redação ,

Washington/Moscou. A Casa Branca anunciou, ontem, que o presidente americano, Donald Trump, instruiu o seu conselheiro de Segurança Nacional a convidar o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, a visitar Washington este ano.

 

A confirmação veio da secretária de imprensa Sarah Sanders, apenas três dias depois da cúpula na Finlândia entre os líderes americano e russo.

Apesar de mais um aceno à Rússia, Trump recusou proposta de Vladimir Putin de permitir que Moscou interrogue funcionários americanos, informou ontem a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

"Foi uma proposta lançada pelo presidente Putin, mas o presidente Trump não está de acordo", afirmou Sanders, apesar de manifestar sua confiança que a Rússia, em compensação, permitirá que os 12 funcionários russos acusados de ingerência nas eleições americanas de 2016 possam ir aos EUA para provar sua inocência. Esta questão surgiu no diálogo entre Trump e Putin na Finlândia, após o indiciamento nos EUA de 12 cidadãos russos apontados como agentes de órgãos de inteligência.

Na coletiva de imprensa que se seguiu à reunião, Donald Trump disse que Putin havia feito uma "oferta incrível" de permitir que um promotor norte-americano fosse a Moscou para falar com os 12 cidadãos russos acusados. Em contrapartida, Putin pediu permissão para interrogar o ex-embaixador norte-americano em Moscou, Michael McFaul, e o empresário Bill Browder (naturalizado britânico).

Este último foi um dos principais defensores de uma lei aprovada no Congresso dos EUA sobre sanções contra a Rússia e conhecida como "Lei Magnitsky", em referência a um opositor russo, Serguei Magnitsky, que morreu na prisão em 2009.

A ideia de que os EUA autorizem seus funcionários a serem interrogados por outro governo foi recebida com forte rejeição, especialmente no Congresso.