Oriente Médio: Conselho de Segurança da ONU discutirá escalada da crise

Estados Unidos pediram reunião a portas fechadas sobre os últimos acontecimentos no Golfo Pérsico

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Legenda: Conselho de Segurança da ONU vai discutir na próxima segunda a escalada de crise no Oriente Médio
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Os Estados Unidos pediram uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira para discutir os últimos acontecimentos ligados ao Irã no Golfo, disseram fontes diplomáticas nesta sexta-feira.

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O pedido americano é que os 15 membros do Conselho de Segurança discutam "os mais recentes desenvolvimentos ligados ao Irã e os recentes incidentes relacionados a petroleiros", disse uma das fontes, sob condição de anonimato.

Arábia Saudita

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, conversaram nesta sexta-feira sobre a "ameaça" representada pelo Irã, informou a Casa Branca.

"Os dois líderes discutiram o papel crucial da Arábia Saudita em garantir a estabilidade no Oriente Médio e no mercado petroleiro mundial. Também discutiram a ameaça representada pelo comportamento do regime iraniano", aponta o comunicado.

Desmentido

O Irã desmentiu, nesta sexta-feira (21), a informação de que o presidente americano, Donald Trump, teria enviado à noite, por mediação de Omã, uma mensagem advertindo Teerã sobre um iminente ataque americano.

"Os Estados Unidos não enviaram qualquer mensagem por intermédio de Omã para o Irã", declarou o porta-voz do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Keyvan Khosravi, citado pela televisão estatal.

"Não há nada de correto nisso", acrescentou.

Segundo a televisão estatal, Khosravi reagia a uma informação dada por dois jornais estrangeiros. Ambos os veículos noticiaram que, por meio do sultanato de Omã, os EUA teriam alertado que estavam se preparando para lançar um ataque contra o Irã - a menos que a República Islâmica aceitasse negociar.

A tensão entre Irã e Estados Unidos aumentou depois que o Irã derrubou um drone da Marinha americana.

Teerã afirmou que o aparelho violou o espaço aéreo iraniano. O Exército americano nega.

Segundo o "New York Times", Trump havia aprovado os bombardeios em represália contra alvos iranianos, até recuar na madrugada desta sexta-feira.

Com boas relações com Irã e EUA, Omã já desempenhou missões de mediação entre estes dois países inimigos.