Meninos tailandeses contam o que aprenderam ao ficarem presos em caverna
Os garotos e o treinador afirmaram que a provação os fortaleceu e os ensinou a não viver de maneira descuidada
Os 12 meninos e seu treinador de futebol resgatados de uma caverna no norte da Tailândia deixaram o hospital onde estavam internados e compareceram a uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18) dizendo que a provação os fortaleceu e os ensinou a não viver de maneira descuidada.
O grupo pareceu saudável e entrou na sala da coletiva sob aplausos de amigos e repórteres. Os garotos fizeram uma rápida demonstração de suas habilidades com bola em um pequeno campo de futebol montado no local.
Então, abraçaram seus amigos e se sentaram com médicos, membros da Marinha tailandesa e outros que ajudaram no resgate. Os meninos, com idades entre 11 e 16 anos, e seu técnico, de 25 anos, responderam a perguntas sobre sua experiência. "Me sinto mais forte, tenho mais paciência, resistência, tolerância", disse Mongkol Boonpiam, de 13 anos. Adul Samon, de 14 anos, disse que aprendeu a não viver de maneira descuidada.
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Todos os 12 afirmaram que vão se desculpar com seus pais, já que a maioria não informou antecipadamente sobre a caminhada até a caverna depois do treino de futebol. "Eu sei que minha mãe vai me punir e eu estou em apuros", disse uma das crianças, quando perguntada sobre o que esperava quando chegasse em casa.
Segundo os médicos, todos os 13 estão em bom estado mental e físico. Os meninos ganharam, em média, 4 quilos desde que foram resgatados.
A coletiva de imprensa foi a primeira oportunidade do grupo de falar diretamente com a imprensa, embora vídeos de seu resgate tenham sido divulgados anteriormente. As perguntas dos repórteres foram revisadas antes da entrevista para evitar possíveis danos psicológicos.
A família de um dos garotos estava preparando seu retorno para casa nesta quarta-feira. Banphot Konkum, tio que criou Duangpetch Promthep, de 13 anos, disse que o garoto terá um quarto renovado e presentes à sua espera. "Nós faremos o que ele quiser. Se ele quiser alguma coisa, nós vamos comprar com um presente, já que prometemos que, quando ele saísse, faríamos o que ele quisesse", disse Banphot.