Macron comemora centenário do fim da I Guerra com viagem pela França

Presidente francês é cobrado a fazer um apelo contra o nacionalismo

Escrito por AFP ,

O presidente francês, Emmanuel Macron, tem pela frente uma semana de comemorações do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, durante a qual visitará campos de batalha antes de um encontro de líderes mundiais em Paris.

De 70 a 80 líderes mundiais, entre eles o presidente americano, Donald Trump, e seu contraparte russo, Vladimir Putin, se preparam para viajar à capital francesa no próximo fim de semana para uma cerimônia comemorativa dos cem anos do fim da chamada "Grande Guerra".

Após se reunir no domingo com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, na cidade fronteiriça de Estrasburgo, onde assistiram a um show para celebrar a amizade entre os ex-inimigos da guerra, Macron continuou seu périplo pelo leste e norte da França.

Na segunda-feira, ele comemorou a memória dos heroicos combatentes da guerra no local onde foi travada a batalha de Morhange, em agosto de 1914, que terminou com a derrota das tropas francesas.

Depois de Morhange, o chefe de Estado francês, de 40 anos, irá para outros lugares emblemáticos da Primeira Guerra Mundial. Na manhã de terça estará em Verdun, onde os alemães lançaram uma grande ofensiva em fevereiro de 1916.

À tarde, em homenagem às antigas tropas coloniais que lutaram junto dos franceses, Macron e o presidente do Mali, Ibrahim Boubakar Keita, visitarão Reims, cidade defendida pelos soldados africanos.

Espera-se que o presidente de centro aproveite a viagem para fazer um apelo contra o nacionalismo, depois de advertir recentemente que o mundo corre o risco de esquecer as lições dos conflitos do século XX.   

Trump, cujo lema é "América First" (os Estados Unidos em primeiro lugar), estará entre os líderes reunidos para a cerimônia principal no Arco do Triunfo, em Paris, em 11 de novembro, cem anos depois do dia do armistício.

As comemorações no Túmulo do Soldado Desconhecido, na avenida Champs Elysées, serão celebradas sob estritas medidas de segurança, após uma série de atentados de extremistas islâmicos na França nos últimos três anos.

Depois da cerimônia do domingo, os líderes mundiais assistirão a um Fórum sobre a Paz de três dias, inaugurado por Angela Merkel, um evento que a França quer transformar em uma conferência de paz multilateral anual.