Iraque vai julgar 900 supostos jihadistas que retornaram da Síria

Os iraquianos são acusados de pertencerem ao grupo Estado Islâmico, um crime sujeito à pena de morte

Escrito por AFP ,
Legenda: Os iraquianos constituíam a maior parte das estruturas de comando do Estado Islâmico, organização dirigida pelo iraquiano Abu Bakr al-Bagdadi
Foto: Foto: Arquivo Diário do Nordeste

O Iraque se dispõe a julgar cerca de 900 cidadãos que retornaram da Síria, por supostamente pertencerem à organização jihadista Estado Islâmico (EI), um crime sujeito à pena de morte, informou neste domingo (14) uma fonte judicial.

"O tribunal contra o terrorismo recebeu as fichas de 900 iraquianos do EI que vieram da Síria, e começamos a montar o calendário de seus processos", disse a fonte.

Os homens foram entregues pelas forças curdas da Síria nos últimos meses, à medida que se estreitava o cerco em torno do último reduto do EI, até o mesmo ser totalmente conquistado.

Os iraquianos constituíam a maior parte das estruturas de comando do EI, organização dirigida pelo iraquiano Abu Bakr al-Bagdadi. Em seu apogeu, no ano de 2014, a organização controlava um terço do Iraque e amplas partes da Síria.

A Justiça iraquiana já julgou milhares de cidadãos do país e estrangeiros, condenando-os, em muitos casos, à pena de morte ou à prisão perpétua.

Em 2018, ano seguinte à declaração de vitória sobre o EI no Iraque, os tribunais iraquianos ditaram 271 penas de morte, quatro vezes mais do que em 2017, segundo a Anistia Internacional.