Irã pede empréstimo de urgência ao FMI para combater coronavírus

País mais atingido pela pandemia no Oriente Médio, o Irã chegou a 3.993 causados pela COVID-19

Escrito por Redação ,

O presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta quarta-feira (8), que conceda a seu país, entre os mais afetados pelo novo coronavírus, um empréstimo de emergência de US$ 5 bilhões para combater a pandemia.

"Peço a todas as organizações internacionais que assumam suas responsabilidades", disse Rohani durante o conselho de ministros. "Somos membros do FMI (...) Se houver discriminação entre o Irã e outros na concessão de créditos, nem nós nem o público em geral tolerará", acrescentou, em declarações transmitidas pela televisão.

O Irã anunciou em 12 de março que recorreu ao FMI, a quem, excepcionalmente, Teerã disse ter pedido ajuda contra a COVID-19. Teerã não recebe ajuda do FMI desde um empréstimo concedido entre 1960 e 1962, antes da proclamação da República Islâmica em 1979, segundo dados da instituição.

"Nosso Banco Central pediu acesso imediato" a um Instrumento de Financiamento Rápido (IFR) do FMI, declarou o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, em 12 de março.

Segundo o site do Fundo, o IFR "oferece ajuda financeira rápida a todos os países-membros que precisem urgentemente". "Se não cumprirem suas obrigações nessa situação difícil, o mundo os julgará de maneira diferente", alertou Rohani.

Nesta quarta, as autoridades iranianas anunciaram mais 121 mortes em decorrência do novo coronavírus, elevando o número oficial de óbitos para 3.993 no Irã, o país mais atingido pela pandemia no Oriente Médio.

O Irã identificou 1.997 novos contágios nas últimas 24 horas, totalizando 64.586 casos confirmados até o momento, acrescentou Kianouche Jahanpour, porta-voz do Ministério da Saúde durante seu briefing diário sobre a crise.