Guaidó concede indulto a líder oposicionista da Venezuela

López foi liberado por militares, graças a um indulto presidencial concedido pelo presidente da Assembleia Nacional e autodeclarado presidente interino, o deputado venezuelano Juan Guaidó.

Escrito por Agência Brasil ,
Legenda: Guaidó batizou a ação como Operação Liberdade.
Foto: Agência Brasil

O líder oposicionista venezuelano Leopoldo López voltou, nesta terça-feira (30), a participar de uma manifestação contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Condenado a 13 anos e nove meses de prisão domiciliar em setembro de 2015, López foi liberado por militares, graças a um indulto presidencial concedido pelo presidente da Assembleia Nacional e autodeclarado presidente interino, o deputado venezuelano Juan Guaidó.

No Twitter, López se referiu ao anúncio feito por Guaidó - que afirma ter obtido o apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar Maduro do poder e conclamou a população a sair às ruas – como o “início da fase definitiva para o fim da usurpação” do poder pelo grupo chavista de Maduro. “É a hora de conquistar a liberdade. Vamos todos nos mobilizarmos”, disse López.

Formado em Economia nos Estados Unidos, López foi condenado pela acusação de "incitamento à desordem pública, associação criminosa, atentados à propriedade e incêndio".

As acusações estão relacionadas a acontecimentos violentos registrados ao fim das manifestações contrárias ao governo de Nicolás Maduro, no dia 12 de fevereiro de 2014. Três pessoas morreram durante estes protestos.

A partir da divulgação do anúncio de Guaidó pelas redes sociais, milhares de venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas.

Guaidó batizou a ação como Operação Liberdade. Segundo sites de notícias venezuelanos, há relatos de confrontos entre manifestantes e forças de segurança – até o momento, sem informação de feridos.

Segundo o ministro da Defesa Vladimir Padrino, os quartéis venezuelanos seguem funcionando normalmente e as Forças Armadas se mantêm “firmes na defesa da Constituição”.