Filho do jornalista assassinado Jamal Khashoggi defende a Arábia Saudita

Jamal Khashoggi, que foi uma pessoa próxima à família real mas que depois se tornou um crítico do regime, foi assassinado e esquartejado em 2 de outubro de 2018 no consulado saudita de Istambul

Escrito por Agence France-Presse ,
Legenda: O corpo do jornalista Jamal Khashoggi (foto) nunca foi encontrado
Foto: AFP

Um filho de Jamal Khashoggi, o jornalista crítico do regime que foi assassinado no ano passado em Istambul, afirmou que confia na justiça da Arábia Saudita para resolver o crime e criticou as pessoas que tentam se aproveitar do caso.

"Passou um ano desde o falecimento de meu querido pai. Durante este tempo, opositores e inimigos do Leste e Oeste tentam aproveitar seu caso (...) para prejudicar meu país e sua liderança", tuitou Salah Khashoggi, que mora na Arábia Saudita. "Tenho total confiança no sistema judicial do reino e em sua habilidade para fazer justiça com os que estão por trás deste crime atroz", completou.

Jamal Khashoggi, que foi uma pessoa próxima à família real mas que depois se tornou um crítico do regime, foi assassinado e esquartejado em 2 de outubro de 2018 no consulado saudita de Istambul, uma operação que, segundo informações divulgadas pela imprensa, teria contado com a participação de 15 pessoas enviadas de Riad. O corpo nunca foi encontrado.

Em abril, o jornal Washington Post informou que as autoridades sauditas presentearam os filhos de Khashoggi, entre eles Salah, com propriedades de luxo e o pagamento de milhares de dólares por mês. Tanto a CIA como a ONU acreditam que o assassinato está diretamente relacionado com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, o que a Arábia Saudita nega.