Exército do Irã diz que duvida que Trump tenha 'coragem' de executar ameaças

Líderes iranianos prometeram retaliação à morte do general Qassem Soleimani em ataque com drone feito pelos Estados Unidos. A isso, Trump respondeu com ameaças em publicações nas suas redes sociais

Escrito por Redação ,
Legenda: Trump assinalou que os alvos dos Estados Unidos são "de muito alto nível e importantes para o Irã e a cultura iraniana"
Foto: AFP

O Exército iraniano afirmou, neste domingo (5), que 'duvida' que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tenha coragem de executar seus planos de atacar "muito rapidamente e de forma muito dura" 52 alvos no Irã, caso Teerã realmente invista contra pessoas ou propriedades estadunidenses. As informações são do G1.

"Num potencial conflito no futuro, o que eu não acredito que eles [estadunidenses] tenham coragem de realizar, vai ficar mais claro onde os números 5 e 2 vão se encaixar", disse o general Abdolrahim Musavi, segundo uma agência de notícias iraniana. "Dizem esse tipo de coisa para desviar a atenção da opinião pública mundial de seus atos odiosos e injustificáveis, mas duvido que tenham coragem", completou.

Líderes iranianos prometeram retaliação à morte do general Qassem Soleimani em ataque com drone feito pelos Estados Unidos. A isso, Trump respondeu com ameaças em publicações nas suas redes sociais.

Em um tuíte onde defendeu a ofensiva realizada na sexta-feira (3), Trump disse que 52 corresponde ao número de reféns que permaneceram na embaixada americana em Teerã por mais de um ano desde o fim de 1979.

O presidente estadunidense assinalou que estes alvos são "de muito alto nível e importantes para o Irã e a cultura iraniana. Os Estados Unidos não querem mais ameaças!"

Trump recorreu ao Twitter depois que facções pró-Irã aumentaram a pressão sobre as instalações americanas no Iraque com o lançamento de projéteis, parte da escalada da tensão provocada pelo assassinato pelos Estados Unidos do general Qasem Soleimani, conhecido como segundo homem mais poderoso do Irã.

"Os Estados Unidos atacaram diretamente um general iraniano, e os grupos lutam agora abertamente a serviço do Irã para vingar este general. Já não é uma guerra indireta, é uma guerra direta", afirma a pesquisadora da New America Foundation Erica Gaston.

A Otan anunciou a suspensão de suas missões no Iraque, e a coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos reduziu suas operações e reforçou a segurança de suas bases. O governo americano anunciou a mobilização de cerca de 3 mil soldados adicionais naquela região. Drones da coalizão que apoia os Estados Unidos sobrevoavam durante a noite a base K1 de Kirkuk, bem como a de Al-Balad, segundo fontes no local.  

Com informações da AFP.