Com presidente do México, Fernández diz que promoverá políticas progressistas

Andrés Manuel López Obrador "tem sido categórico em seu apoio a nós, não apenas incentivando laços comerciais, como pleiteando internacionalmente ajuda para a Argentina", disse o argentino

Escrito por Folhapress ,
Legenda: Alberto Fernández e Andrés Manuel López Obrador
Foto: AFP

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta segunda-feira (4), durante encontro com o líder mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que os dois concordaram em impulsionar políticas progressistas na América Latina que beneficiem as classes mais pobres.

O esquerdista Fernández está em sua primeira viagem internacional desde que foi eleito, em 27 de outubro. A escolha pelo México sinaliza os rumos de sua política externa, já que o presidente mexicano, conhecido como AMLO, é um dos mais importantes expoentes da esquerda no continente. Fernández afirmou que os dois encontraram vários pontos em comum.

AMLO "tem sido categórico em seu apoio a nós, não apenas incentivando laços comerciais, como pleiteando internacionalmente ajuda para a Argentina", disse o argentino.
Ele também afirmou que a vitória do mexicano, em julho de 2018, foi uma "grande lufada de ar fresco" e um sinal de um "ciclo de revisão" das políticas neoliberais que foram aplicadas na região.

Na manhã desta segunda, AMLO prometeu ajudar a Argentina a superar a grave crise que o país enfrenta. "Nós, dentro de nossas possibilidades, vamos procurar ajudar na aquisição de bens produzidos na Argentina para que o povo, com seu novo governo, possa enfrentar a crise econômica e ter crescimento e bem-estar", disse. 

Fernández também comentou os desafios que terá durante seu governo, entre eles, o alto endividamento. Maurício Macri, que deixará a Presidência em dezembro, assumiu uma dívida de US$ 57 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para contornar a crise.

"Foi impactante a velocidade do endividamento e as características do endividamento, porque é um endividamento muito grande que deve ser cumprido em um prazo muito curto, e é isso que precisamos tentar resolver", disse Fernández a jornalistas na Cidade do México, após se reunir com o presidente mexicano. "Não é que não queremos pagar [a dívida]", acrescentou Fernández.