'Coletes amarelos' são proibidos de se manifestar na Champs Elysées

A proibição acontece seis dias após o saque de lojas e incêndios ocorridos na famosa avenida de Paris durante protestos do último sábado (16)

Escrito por AFP ,
Legenda: No último sábado (16), joalherias e lojas foram saqueadas, restaurantes e bancos incendiados e houve confrontos entre manifestantes e policiais na Champs Elysées
Foto: Foto: Geoffroy Van Der Hasselt / AFP

O Departamento de Polícia de Paris anunciou nesta sexta-feira (22) que os "coletes amarelos" não poderão se manifestar na Champs-Elysées, em Paris, e em um perímetro que inclui o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

Esta proibição acontece seis dias após o saque de lojas e incêndios ocorridos na famosa avenida da capital durante o protesto realizado todos os sábados desses militantes contrários às políticas do presidente Emmanuel Macron.

"Há sérios motivos para acreditar que violências e degradação devem ocorrer novamente durante os protestos anunciados", afirma o decreto assinado pelo novo prefeito de Paris, Didier Lallement, cujo antecessor foi demitido no sábado (16). 

O governo francês havia anunciado na segunda-feira (18), a demissão do chefe de polícia de Paris e a proibição de manifestações em várias partes do país devido os violentos distúrbios na Champs-Elysées durante manifestação dos "coletes amarelos".

Joalherias e lojas saqueadas, restaurantes e bancos incendiados, confrontos entre manifestantes e policiais. 

As imagens de violência na famosa avenida parisiense causaram indignação e fizeram lembrar as cenas de caos de dezembro, quando o Arco do Triunfo foi vandalizado. 

As seguradoras avaliaram os prejuízos de quatro meses de protestos, sem contar os de sábado, em 170 milhões de euros.

Os protestos começaram em 17 de novembro sem tons políticos e sem sindicatos por trás contra a alta dos combustíveis e pedindo a melhora do poder aquisitivo.

Mas o movimento logo se tornou a pior crise social para o presidente Macron desde sua chegada ao poder em maio de 2017.