Bolsonaro reafirmou o esforço de Brasil e EUA em solucionar 'ditadura' na Venezuela

Durante discurso, Trump agradeceu ao Brasil por ter apoiado o presidente interino Juan Guaidó

Escrito por Redação ,
Legenda: Donald Trump e Jair Bolsonaro em entrevista à imprensa, nos jardins da Casa Branca, após reunião fechada
Foto: Foto: Jim WATSON / AFP

Após reunião fechada com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (19), na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou à imprensa que apoia ideia do Brasil de se tornar membro da Otan. Bolsonaro, por sua vez, defendeu a ampliação da parceria comercial, militar e tecnológica entre os dois países, apontou o combate ao terrorismo e ao crime organizado como "emergência" entre eles e reafirmou o esforço de Brasil e EUA de resolverem a crise na Venezuela

Em seu discurso, Trump agradeceu ao Brasil por ter reconhecido Juan Guaidó como presidente interino e pelos esforços para enviar ajuda humanitária à Venezuela. Trump reiterou que "todas as opções são possíveis" para resolver a crise na Venezuela, inclusive a intervenção militar;

Bolsonaro destacou, após reunião com Trump, que eles decidiram mirar esforços para o restabelecimento da democracia na Venezuela.

"O regime faz parte de uma organização internacional conhecida como Fórum de São Paulo, que estava próxima de conseguir o poder na América Latina. O Brasil e os Estados Unidos estão imanados na garantia da liberdade, no respeito à família tradicional, contra a ideologia de gênero, o politicamente correto e as fake news. O que for possível fazermos juntos para solucionar o problema da ditadura da Venezuela, o Brasil estará a postos para cumprir essa missão para levar liberdade e democracia ao país".

Intervenção

Bolsonaro não disse, porém, se o Brasil participaria de eventual intervenção militar, porque, para ele, seria uma divulgação anti-estratégica. "Tem certas questões que se você divulgar deixa de ser estratégico. Essa questão não pode se tornar pública".

Ao ser questionado sobre o apoio à intervenção militar dos EUA na Venezuela, ele não confirmou apoiar essa possibilidade, mas também não descartou estar discutindo ela com o presidente norte-americano.

"Assim sendo, essas questões reservadas, que podem ser discutidas, se já não foram, não poderão se tornar públicas". Segundo o presidente brasileiro, tudo o que foi tratado na reunião entre ele e Trump será "honrado".

Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu às Forças Armadas da Venezuela que abandonem seu apoio ao presidente Nicolas Maduro, chamando o líder de esquerda de um "marionete cubana", em um apelo conjunto com o Brasil.

"Pedimos aos membros do exército venezuelano que acabem com seu apoio a Maduro, que, na verdade, não passa de um fantoche cubano". E avisou que as sanções dos EUA contra a Veneuzela poderão ser "mais pesadas".

Otan

Trump afirmou querer o Brasil como membro aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma organização militar comum de defesa, com 28 países-membros. 

"Como disse tenho a intenção de designar o Brasil como um aliado fora da Otan especial e até um aliado dentro da Otan, isso poderia melhorar nossa cooperação. Nossas nações estão trabalhando juntos para proteger o povo do terrorismo do crime transnacional e do tráfico de drogas, armas e pessoas, algo que é prioridade".

Com informações da AFP

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