Almagro e Trump reconhecem Guaidó como presidente encarregado da Venezuela

No comunicado emitido pela Casa Branca, Trump exortou outros governos da região a também reconhecerem Guaidó

Escrito por AFP ,

O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, cumprimentou o chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou nesta quarta-feira (23) "presidente encarregado" do país para buscar uma saída de Nicolás Maduro do poder.

"Nossos cumprimentos a @jguaido como Presidente encarregado da #Venezuela. Tem todo o nosso reconhecimento para impulsionar o retorno do país à democracia", tuitou Almagro. 

 

Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu "oficialmente" nesta quarta-feira (23) Juan Guaidó, presidente do Parlamento da Venezuela, de maioria opositora, como presidente interino do país.

"Hoje, estou reconhecendo oficialmente o Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como Presidente Interino da Venezuela. Em seu papel de único braço legítimo do governo devidamente eleito pelo povo venezuelano, a Assembleia Nacional invocou a Constituição do país para declarar Nicolás Maduro ilegítimo e, portanto, o gabinete da Presidência ficou vago", declarou Trump em um comunicado.

"O povo da Venezuela se pronunciou corajosamente contra Maduro e seu regime e exigiu liberdade e Estado [democrático] de direito", acrescentou o presidente americano.

Trump expressou seu apoio a Guaidó poucos minutos depois de este se autoproclamar, em Caracas, "presidente encarregado da Venezuela" para buscar a saída de Maduro do poder, diante de uma multidão de seguidores concentrados na capital venezuelana.

No comunicado emitido pela Casa Branca, Trump exortou outros governos da região a também reconhecerem Guaidó.

"Continuarei usando todo o peso do poder econômico e diplomático dos Estados Unidos para pressionar pela restauração da democracia venezuelana", prometeu.

E concluiu, citando uma frase atribuída a Guaidó: "a violência é a arma do usurpador; só temos uma ação clara: permanecer unidos e firmes por uma Venezuela livre e democrática".

Nesta quarta-feira, a Assembleia Nacional - instalada em 2016 até 2021 - convocou venezuelanos a protestar contra o governo Maduro, que assumiu em 10 de janeiro, após as eleições consideradas fraudulentas pela oposição e boa parte da comunidade internacional.