Acordo comercial entre Mercosul e União Europeia está próximo, indicam Brasil e Argentina

Jair Bolsonaro e Mauricio Macri se encontram e sinalizam entendimento iminente

Escrito por AFP ,
Legenda: Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle participam de cerimônia na Praça San Martín, em Buenos Aires
Foto: Foto: PR

Os presidentes do Brasil e da Argentina, Jair Bolsonaro e Mauricio Macri, afirmaram que um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) é "iminente", ao fim de uma reunião nesta quinta-feira (6) em Buenos Aires.

"Estamos na iminência de fazer um acordo do Mercosul com a União Europeia", afirmou Bolsonaro durante a visita oficial. "Estamos muito perto de um acordo com a UE", confirmou Macri ao recebê-lo na Casa Rosada, sede da Presidência. 

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Primeira viagem a Argentina

Em sua primeira visita desde que tomou posse, em janeiro, Bolsonaro chegou no fim da manhã à capital argentina e depositou flores em frente ao Monumento ao Libertador general San Martín, no bairro do Retiro. Depois, Macri o recebeu na Casa Rosada, sede do governo. 

Este é o primeiro encontro bilateral desde que Macri viajou a Brasília em 16 de janeiro, duas semanas depois de Bolsonaro assumir a Presidência. Macri não compareceu à posse de Bolsonaro porque na época estava de férias. 

Diferentemente de seus antecessores, que por tradição faziam sua primeira viagem oficial à Argentina, esta é a quarta viagem do brasileiro ao exterior, depois de ter visitado Estados Unidos, Chile e Israel, seus novos aliados conservadores.

Legenda: Plaza San Martín no bairro de Retiro, abriga um monumento aos falecidos na Guerra das Malvinas
Foto: Foto: PR

Eleições

Em outubro, a Argentina terá eleições presidenciais, e pesquisas indicam que a crise econômica pode afetar as aspirações de Macri à reeleição. Os mandatários devem retomar a agenda abordada em seu primeiro encontro em Brasília. 

Naquela ocasião, tinham se comprometido a flexibilizar o Mercosul, bloco também formado por Uruguai e Paraguai, e a agilizar as negociações comerciais em curso do bloco regional, especialmente com a União Europeia (UE). 

A visita se centrará "no fortalecimento da irmandade econômica entre Brasil e Argentina, tendo como pano de fundo a assinatura de um tratado entre a União Europeia e o Mercosul", integrado também por Paraguai e Uruguai, afirmou o porta-voz Otávio Rêgo Barros antes da viagem.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que o acordo com a UE, negociado há 20 anos, pode ficar pronto "em três ou quatro semanas". 

Legenda: Bolsonaro e primeira-dama Michelle em cerimônia de Oferenda Floral, Praça San Martín, em Buenos Aires
Foto: Foto: PR

Laços comerciais

O Brasil é o primeiro parceiro comercial da Argentina, que por sua vez é a terceira do Brasil. Em 2018, o intercâmbio comercial entre os dois países alcançou os 26,002 bilhões de dólares, com um superávit brasileiro de US$ 3,9 bilhões. 

O chanceler Ernesto Araújo considerou ser possível concluir as negociações com a União Europeia durante a reunião ministerial prevista para o fim de junho em Bruxelas.

"A hora é agora", declarou Araújo ao jornal argentino La Nación, com "os dois maiores parceiros do Mercosul alinhados, com uma mesma visão de abertura econômica, de competitividade". 

Durante sua estada de 24 horas, Bolsonaro se reunirá com autoridades do Parlamento argentino, empresários e será recebido para um almoço no Museu da Casa Rosada. 

Enquanto isso, sob o lema "O teu ódio não é bem-vindo", organizações humanitárias, movimentos sociais e políticos argentinos convocaram um festival musical e uma manifestação na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada. 

Legenda: Bolsonaro na cerimônia de Oferenda Floral, Praça San Martín, em Buenos Aires
Foto: Foto: PR

Flores

Em sua primeira visita desde que tomou posse, em janeiro, Bolsonaro chegou no fim da manhã à capital argentina e depositou flores em frente ao Monumento ao Libertador general San Martín, no bairro do Retiro. Depois, Macri o recebeu na Casa Rosada, sede do governo. 

Este é o primeiro encontro bilateral desde que Macri viajou a Brasília em 16 de janeiro, duas semanas depois de Bolsonaro assumir a Presidência. Macri não compareceu à posse de Bolsonaro porque na época estava de férias. 

Diferentemente de seus antecessores, que por tradição faziam sua primeira viagem oficial à Argentina, esta é a quarta viagem do brasileiro ao exterior, depois de ter visitado Estados Unidos, Chile e Israel, seus novos aliados conservadores.

Em outubro, a Argentina terá eleições presidenciais, e pesquisas indicam que a crise econômica pode afetar as aspirações de Macri à reeleição. Os mandatários devem retomar a agenda abordada em seu primeiro encontro em Brasília. 

Naquela ocasião, tinham se comprometido a flexibilizar o Mercosul, bloco também formado por Uruguai e Paraguai, e a agilizar as negociações comerciais em curso do bloco regional, especialmente com a União Europeia (UE). 

A visita se centrará "no fortalecimento da irmandade econômica entre Brasil e Argentina, tendo como pano de fundo a assinatura de um tratado entre a União Europeia e o Mercosul", integrado também por Paraguai e Uruguai, afirmou o porta-voz Otávio Rêgo Barros antes da viagem.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que o acordo com a UE, negociado há 20 anos, pode ficar pronto "em três ou quatro semanas". 

Legenda: Bolsonaro e Michelle durante execução do Hino Nacional
Foto: Foto: José Dias/PR

Parlamento

O Brasil é o primeiro parceiro comercial da Argentina, que por sua vez é a terceira do Brasil. Em 2018, o intercâmbio comercial entre os dois países alcançou os 26,002 bilhões de dólares, com um superávit brasileiro de US$ 3,9 bilhões. 

O chanceler Ernesto Araújo considerou ser possível concluir as negociações com a União Europeia durante a reunião ministerial prevista para o fim de junho em Bruxelas.

"A hora é agora", declarou Araújo ao jornal argentino La Nación, com "os dois maiores parceiros do Mercosul alinhados, com uma mesma visão de abertura econômica, de competitividade". 

Durante sua estada de 24 horas, Bolsonaro se reunirá com autoridades do Parlamento argentino, empresários e será recebido para um almoço no Museu da Casa Rosada. 

Enquanto isso, sob o lema "O teu ódio não é bem-vindo", organizações humanitárias, movimentos sociais e políticos argentinos convocaram um festival musical e uma manifestação na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada.