Capital da Armênia vive dia de manifestações

Escrito por Redação ,
Ierevan Mais de 10 mil partidários da oposição protestaram, ontem, em Ierevan, a capital da Armênia, para exigir a renúncia do governo e pedir novas eleições. A manifestação ocorreu por ocasião do terceiro aniversário dos protestos e a explosão de violência em 1º de março de 2008 no país do Cáucaso.

"Estamos dispostos a iniciar um diálogo com as autoridades, mas somente sobre um tema: a organização rápida de eleições presidenciais e parlamentares", declarou um dos líderes da oposição, o ex-presidente Levon Ter-Petrossian.

Dez pessoas, entre eles dois policiais, morreram em atos de violência em 1º de março de 2008 na Armênia, depois de 11 dias de protestos contra a vitória na eleição presidencial de Serge Sarkissian frente a Levon Ter-Petrossian.

As autoridades decretaram então estado de emergência e ordenou que o Exército restabelecesse a ordem, acusando os opositores de tentar tomar o governo.

Também ontem o Iêmen, o Irã e Omã assistiram a diversas cenas de protesto e violência.

Milhares de pessoas tomaram as ruas do Iêmen no que chamaram de "Dia de Fúria", pedindo o fim das três décadas de governo do ditador do país, Ali Abdullah Saleh, que acusou seu até agora aliado EUA e Israel de estarem por trás da revolta popular, que já deixou mais de 20 mortos.

Na capital Sanaa, pessoas gritaram "Com sangue e alma, nós te apoiamos, Áden", em referência à cidade portuária onde a maioria das 24 mortes de manifestantes antigoverno foi registrada em duas semanas.

Saleh não conseguiu acabar com dois meses de protestos no país de 23 milhões de habitantes - 40% deles vivem com menos de US$ 2 por dia e um terço é de pessoas desnutridas.

Confrontado com mais uma grande manifestação, o ditador acusou Washington de instigar os protestos contra seu regime. As alegações, sem precedentes, sinalizam uma crescente ruptura com Washington que pode afetar uma campanha conjunta contra o braço da rede terrorista Al Qaeda no Iêmen.

No Irã, a Polícia usou gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar manifestantes da oposição que pediam a libertação de dois líderes da oposicionistas, Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karoubi. Dezenas de pessoas foram presas nos maiores confrontos na capital iraniana em duas semanas.

Os manifestantes se reuniram em vários pontos da capital, gritando frases como "morte ao ditador".

Ontem, soldados de Omã dispararam para o alto nas proximidades de um porto do país a fim de dispersar os protestos que exigiam empregos e reformas políticas, ferindo uma pessoa na cidade de Sohar, segundo disseram testemunhas.