Ato foi homofóbico, diz pai de terrorista

Escrito por Redação ,

Orlando. Para o pai de Omar Mateen, Mir Seddique, seu filho foi motivado pelo ódio aos gays, e não por sua religião muçulmana. Em entrevista à rede NBC, ele lembrou de um episódio recente, envolvendo um casal homossexual, que pode ter funcionado como gatilho para a tragédia de ontem.

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“Estávamos no centro de Miami, em Bayside. Tinha gente tocando música”, contou o pai à rede NBC. “Ele viu, então, dois homens se beijando, na frente de sua mulher e de seu filho, e ficou enfurecido”, comentou Mir Seddique.

O FBI confirmou que Mateen telefonou para o número de emergência 911, pouco antes do tiroteio para anunciar seu compromisso com o líder do EI. Com base em uma fonte anônima, a agência de notícias Amaq, ligada ao EI, informou que o agressor era um “combatente” da organização terrorista.

‘Sorria enquanto atirava’

O jornalista brasileiro Rodrigo Lins, correspondente nos Estados Unidos, disse que as autoridades norte-americanas também especulam que o ataque tenha sido um atentado homofóbico, pois a boate era voltada para o público gay. “Rádios locais estão divulgando a informação de que o atirador estava sorrindo enquanto atirava nas pessoas”, segundo Lins. “Aqui em Orlando, por ser uma cidade provinciana e turística, não há o hábito de fazer revistas na entrada de boates. Eles só checam se as pessoas são maiores de idade, por isso o atirador conseguiu entrar armado”, relatou. 

O jornalista disse estar surpreso por ver como a população de Orlando se organizou para lidar com a tragédia: “Estou impressionado com a mobilização que tomou conta das ruas”. 

Segundo ataque

Este foi o segundo ataque na cidade em pouco mais de 24 horas, depois do assassinato, na sexta-feira (10) da cantora Christina Grimmie, morta por Kevin Loibl, 27, que a atacou no fim do show e depois se suicidou. O teatro onde Christina foi atacada fica a 6km do Pulse Nightclub.