Ressaca do mar atinge litoral do CE

Ondas de até 3,3 metros foram observadas na a orla marítima. Fenômeno deve persistir até o dia 23

Escrito por Redação ,
Legenda: O mar chegou a avançar até a pista já engarrafada no início da noite, complicando o trânsito. Pedestres foram atingidos pela água
Foto: Foto: Kiko Silva

O mar está mais agitado durante esta semana. Quem circulou pela orla litorânea na noite de ontem pôde presenciar e até mesmo sentir a força das ondas na faixa de areia e nas pedras que margeiam a costa. Trata-se de mais uma ressaca marítima que desta vez, conforme explica a Capitania dos Portos do Ceará, por meio de nota, atinge a área oceânica entre a Baía do Oiapoque, no Amapá, e Fortaleza.

O rigor das ondas, cuja estimativa média é de 2,5 metros de altura, deve perdurar até a meia-noite da próxima segunda-feira, dia 23 de fevereiro. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indicou, contudo, a presença de oscilações de até 3,3 metros de altura, às 17h57 desta sexta-feira (20). O fenômeno ocorre desde o último dia 17.

Em virtude das contravenções da maré, a Capitania dos Portos recomenda que as embarcações de pequeno porte evitem navegar durante estes dias e que os demais veículos náuticos redobrem a atenção quanto aos materiais de salvamento, condições de estruturas da embarcação, equipamentos de rádio e demais itens de segurança.

Curiosidade

Na Avenida Beira-Mar, várias pessoas, entre turistas e conterrâneos tomados pela curiosidade, paravam ao longo da orla para apreciar o fenômeno natural, aproveitando o momento para registrar em fotos e vídeos a braveza do mar. O pico aconteceu no fim da tarde, entre as 16h30 e as 18h, quando as grandes ondas batiam fortemente nas pedras. Aqueles que faziam o trajeto caminhando pela calçada na borda da praia eram constantemente acometidos pelas fortes rajadas de água sobre o corpo.

O mar bravio por vezes avançava até a pista já engarrafada no início da noite. Alguns pontos da via chegaram a ficar alagados, o que dificultou ainda mais o acesso dos veículos e o trânsito de pedestres.

Houve, entretanto, quem se divertisse com o movimento atípico das ondas. A pequena Gabriela Martins, de 5 anos, estava acompanhada da mãe, Laurita Martins, e esperava pacientemente por ondas mais fortes para correr entre as gotículas de água que atingiam o espigão na altura da Avenida Rui Barbosa.

"É a primeira vez que ela vê a ressaca, então está se divertindo muito. Eu já vi outras vezes e estou achando que desta vez está um pouco mais fraco. Mas o que mais impressionou a Gabriela foi a sujeira do mar. Assim que ela viu todo o lixo na água ela se queixou comigo, dizendo que faria mal para os peixes", lamenta Laurita.

Ranniery Melo
Repórter

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