Voluntários realizam buscas no Cocó por cão da raça chow-chow que fugiu há uma semana

Animal já foi visto nas redondezas e no interior do Parque, mas matagal dificulta ações. Nas redes sociais, dona pede ajuda e oferece recompensa

Escrito por Áquila Leite ,

Uma cachorrinha da raça chow-chow, que fugiu da residência de seus donos há uma semana, tem mobilizado dezenas de voluntários em Fortaleza e milhares de internautas nas redes sociais. No último fim semana, grupos formados por cerca de 40 pessoas realizaram buscas nas redondezas e no interior do Parque do Cocó, local onde 'Ronda', de apenas 8 meses, foi vista algumas vezes. Segundo a contadora Thicianny Castelo, dona da cadela, a mata fechada do local tem dificultado as buscas, que seguem ao longo desta segunda-feira (6).

"A primeira vez que ela foi vista nas redondezas do Parque do Cocó foi no último sábado (4), por volta de 5h40, quando recebemos informações de algumas pessoas que passavam pela região. Fomos até lá, mas, por conta do matagal, não conseguimos localizá-la", conta Thiciany. Segundo ela, neste domingo (5), dezenas de voluntários passaram o dia procurando a cachorrinha no local, mas a vegetação voltou a ser um empecilho. "Algumas pessoas a viram e quase conseguiram capturá-la, mas, como ela está bastante assustada, fugiu para dentro da mata fechada", explica. 

Segudo a contadora, as buscas se concentram, principalmente, na entrada do Parque do Cocó que fica próxima à rua Magistrado Pompeu, ao lado da Cidade 2000. "Ali na frente tem muita ração de gato e, nas proximidades, há um córrego. Acreditamos que ela não está passando fome ou sede, mas, depois de pelo menos dois dias na mata fechada, ela já está desorientada e não responde pelo nome. Está muito assustada", lamenta.

Pouco auxílio das autoridades

Ainda de acordo com Thicianny, a Polícia Militar Ambiental tem auxiliado nas buscas de Ronda, mas a maioria das ações dentro da mata estão sendo realizadas por voluntários. "A Polícia Ambiental já enviou uma equipe com dois agentes para ajudar, mas o que eles estão garantindo mesmo é a segurança ao redor do Parque. Nós que estamos entrando dentro da mata", destaca.

No sábado, quando ficou sabendo que a cadela havia sido avistada no Parque do Cocó, Thicianny também acionou o Corpo de Bombeiros, mas não obteve auxílio. A reportagem entrou em contato com a corporação, que esclareceu que neste caso, como não se trata de uma pessoa desaparecida, os mecanismos de busca são limitados.

"Nosso aparato de buscas a desaparecidos se concentra nos cães farejadores, que são condicionados a buscar o cheiro humano e descartar o odor de outros animais. Eles são treinados desde pequenos para serem úteis às nossas equipes de salvamento, que têm como objetivo central encontrar pessoas", informou o tenente Romário, do Corpo de Bombeiros. 

Ainda segundo o tenente, como a cadelinha não está presa em um local específico, não é possível deslocar uma equipe de agentes para realizar buscas a esmo. "Não temos um contingente muito grande, então não costumamos colocar bombeiros em buscas no solo, sem um local específico. Temos equipes treinadas para fazer salvamento no ambiente aquático, quando há um perímetro definido", complementa.

armadilha

Voluntários improvisaram algumas armadilhas para tentar capturar Ronda. Foto: Divulgação

Recompensa

Alguns dias depois de Ronda fugir de casa, Thicianny anunciou, nas redes sociais, que ofereceria uma recompensa de R$ 2 mil para quem conseguisse capturar e devolver a cachorrinha. Segundo ela, a cadela escapou de sua residência, localizada na Rua Deusdedit Costa Sousa, bairro Cocó, na noite da última segunda-feira (30), após seu irmão sair de casa e deixar o portão automático fechando sozinho.

Na manhã da terça-feira (31), a cadela foi vista em um posto de gasolina localizado na Avenida Sebastião de Abreu, após Thicianny solicitar as imagens de uma câmera de segurança. Na ocasião, alguns frentistas confirmaram que viram o animal e até tentaram pegá-lo, mas ficaram com receio de serem mordidos. "Ela é muito dócil, mas estava assustada. Eles disseram que até colocaram água, mas ela só bebeu quando se afastaram", conta.

A dona da cachorrinha também pede para que as pessoas parem de passar informações falsas sobre a localização de Ronda. Segundo ela, já houve diversos trotes com dados incorretos sobre a situação da cadela. 

Caso as pessoas tenham informações precisas sobre Ronda ou queiram participar dos grupos de busca, os telefones de contato são: 99646.0786 ou 98759.2911.

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