Tutor de cachorrinha artista e voluntários distribuem marmitas para pessoas em situação de rua

O grupo também alimenta animais que vivem nas ruas do Centro

Escrito por Redação ,
Foto: Foto: Reprodução/ Instagram

O venezuelano Yorge Luís, conhecido por atuar como estátua viva com Jasper, a cachorrinha artista, continua indo diariamente para Praça do Ferreira para entregar alimentos às pessoas em situação de rua que vivem no Centro. O artista, junto dos voluntários do projeto Amor Animal, monta e distribui marmitas como uma forma de tentar suprir a necessidade de quem está sofrendo com a quarentena.

Depois do documento do Governo do Estado que decretou o fechamento do comércio e outros serviços não essenciais na sexta-feira (20), a preocupação com as pessoas que vivem nas ruas do Centro aumentou. Segundo os voluntários, muitos dependem da ajuda dos comerciantes e transeuntes para a alimentação. Além disso, por não ter moradia, esta população se encontra ainda mais vulnerável ao novo coronavírus.

A iniciativa reúne cerca de 10 voluntários diretos trabalhando para cozinhar, embalar e entregar as quentinhas pelas ruas do bairro. Yorgelys Aular, esposa do artista, conta que começou cozinhando sozinha, porém agora divide a atividade com outras pessoas para suprir a demanda. “É o mínimo que a gente tem que fazer num momento tão difícil. Se tá difícil pra quem tem condições, imagina pra eles”, reflete.

No início, os voluntários do projeto tinham o objetivo de alimentar os animais de rua que ficariam desamparados, mas perceberam a urgência de ajudar também as pessoas. Em seu perfil do Instagram, Yorge mostra os bastidores da produção das refeições e agradece a ajuda dos seguidores. De acordo com Yorgelys, o casal tem sido cada vez mais procurado por pessoas ávidas para ajudar.

A meta do grupo é conseguir alimentar 100 pessoas durante a feijoada que deve ser promovida neste sábado (28). Nos primeiros dias eram feitas menos de dez refeições, mas o número foi aumentando com o passar do tempo. Se há sobra de alimentos ou ração para os animais, os voluntários distribuem para outros projetos que fazem o mesmo trabalho em áreas diferentes da Capital. “Não dá pra todo mundo. A maior certeza que a gente tem é que a gente não vai resolver o problema. Só que fica a mensagem, coisas ruins se propagam, mas coisas boas também”, diz o voluntário e idealizador do projeto André Araújo.

Conscientização

Além da entrega dos alimentos, André explica que os voluntários tentam conscientizar as pessoas sobre a importância de lavar as mãos e mantê-las longe do rosto. Eles distribuem kits com sabonetes e máscaras confeccionadas artesanalmente para os moradores enquanto tentam repassar informações sobre a COVID-19. “São coisas que qualquer um que tem um celular ou uma TV sabe, mas eles não têm acesso”, diz o voluntário.

Como ajudar

Quem deseja doar alimentos, materiais de higiene ou ajudar como voluntário pode ligar para o número do Instituto André Araújo: (85) 98212-6515.

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