Regional VI tem maior risco de desabamentos em fevereiro

Com o início do período chuvoso em Fortaleza, a Defesa Civil registrou 173 ocorrências de risco de desabamento até esta terça-feira (18)

Escrito por Redação ,
Foto: Foto: Isanelle Nascimento

Com a incidência maior de chuvas na Capital a partir deste mês, a Defesa Civil registrou 173 ocorrências de risco de desabamentos, até esta terça-feira (18), em todas as regionais da cidade. Dos casos registrados, o detaque vai para a Regional VI, que abrange 29 bairros de Fortaleza, como Aerolândia e Passaré, e registrou 36 notificações.

Além do risco de desabamento, a Defesa Civil também atendeu ocorrências de inundação e alagamento. No total, foram 204 ocorrências de todos os tipos distribuídas nas seis regionais e no Centro. A Regional VI registrou 42 ocorrências, representando 20% dos casos. Entre elas, mais de 80% são de risco de desabamento. Em seguida, a Regional II aparece, representando 19% dos casos, com 39 ocorrências, sendo 34 delas só de risco de desabamento.

Na última segunda-feira (17), Fortaleza teve uma intensa chuva com raios e trovões e, assim, foram registrados vários pontos com alagamentos. De acordo com o relatório da Defesa Civil, foram 17 ocorrências no dia. Na Regional II, foi notificado um desabamento.

Em nota, a Prefeitura de Fortaleza informou que a partir do trabalho conjunto realizado pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Defesa Civil e as Regionais segue um cronograma constante de limpeza de recursos hídricos (canais, lagoas e açudes) em todos os bairros e Regionais da Cidade, realizando a retirada do lixo e do matagal presente no entorno desses locais, durante todo o ano para, assim, evitar e minimizar os riscos de alagamento e inundação.

“Em 2019, de janeiro a dezembro, foram limpas 8.850 bocas de lobo e bueiros e 104 recursos hídricos em toda a cidade, de onde foram retiradas mais de 56.892,12 toneladas de matagal e 22.648,96 toneladas de resíduos descartados incorretamente no entorno desses locais”, esclareceu a nota.

Alagamento

No Bairro São João do Tauape, um muro desabou após o acúmulo de água em um terreno na segunda-feira (17). Diversas casas na  Av. Sabino Monte ficaram completamente alagadas. “Todos os anos tem alagamento, já é um fato. A água tava descendo para esse terreno. O muro não suportou. Essa água alagou ainda mais a rua que já estava alagada. Tinha tanto lixo, tudo entrou para as casas”, relatou a moradora Adriana Gerônimo, que há 30 anos convive com o problema.

Legenda: No bairro São João do Tauape, um muro desabou após o acúmulo de água em um terreno
Foto: Reprodução

“Em todas as casas entra água, a minha casa é a última da rua. No ano passado eu perdi tudo o que eu tinha, tive que comprar tudo de novo. Esse ano, por enquanto, só entrou na área da minha casa, minhas paredes 'tudo caindo'. Tudo secou já, mas se der outra chuva, volta tudo”, afirmou Francisca Coelho, outra moradora do São João do Tauape. 

O alagamento, segundo as moradoras, foi maior nesses últimos dois anos devido às obras do VLT Parangaba-Mucuripe. “Mexeram em uma parte do trilho, onde tinha uma boca de lobo. Agora a água tá descendo para esse terreno. O muro não resistiu”, explicou Adriana. 

A Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) declarou, em nota, que a situação não tem relação com o VLT.

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