Participante de pegadinha diz que só percebeu ao ouvir risada dos "zumbis"

Larissa Morais disse que havia sido convidada para um suposto vídeo de divulgação do Metrô. Figurantes receberam R$ 70,00 para representar zumbis

Escrito por Redação ,

Atualizada às 11h49

Contrariando o pensamento de muitas pessoas que acham que pegadinhas exibidas na televisão não são reais,  Larissa Morais, uma das vítimas da brincadeira exibida pelo SBT no Programa Sílvio Santos, no último domingo (29), afirmou que não sabia que estava participando de um quadro do tipo. "Não costumo fazer o trajeto do metrô. Estava lá pois havia sido convidada para participar de um VT promocional. Propagandas ou VTs de lugares públicos têm que ser gravados em horários de pouca movimentação, por esse motivo não estranhei o convite", relata.

Larissa Morais conta ainda que, a princípio, imaginou que as falhas nas luzes e no sistema de som do metrô fosse apenas uma oscilação passageira de energia e que ficou bem assustada ao tentar ouvir o que era dito nas caixas de som, já que um ator simulou estar sendo atacado. "Eu fiquei bem apavorada, visto que era a estação do cemitério São João Batista. O local em si já é bem apavorante. Não sabia ao certo o que fazer, queria sair, mas na hora da adrenalina não existe pensamento lógico. Além disso, as portas estavam trancadas e quando os zumbis entraram rapidamente, não havia como sair. Só percebi a brincadeira ao ser derrubada pelos zumbis e ouvir as risadas. Alguns até me morderam. Foi bem divertido", comenta. 

Depois do susto, Larissa garante que foi bem tratada pela produção do programa. A estrutura, segundo ela, contava com equipes médicas e ambulância, caso alguém passasse mal. Ela afirma ainda que não se importou com a pegadinha, assinando inclusive um termo de autorização de imagem que, segundo ela, estava bem detalhado. "Autorizei o uso da minha imagem, pois achei muito divertido. E é interessante a repercussão que a brincadeira tomou, sendo veiculada até internacionalmente". 

Figuração

Um dos figurantes no papel de zumbi, que não quis se identificar, relatou que foi convidado por um amigo para participar da pegadinha. Ele nunca havia atuado em nenhum programa ou em qualquer trabalho, apenas decidiu participar por conta do dinheiro. "No momento, eu estava desempregado e decidi ir pelo cachê de R$70 pago pela TV", comentou. 

Segundo ele, uma equipe do SBT combinou com o grupo de figurantes para se encontrarem na Praça da Bandeira, onde em vans, seguiram para estação Chico da Silva. O trabalho de maquiagem e de figurino foi realizada por toda a produção do programa. A gravação foi realizada em dezembro do ano passado, entre 22h e 3h da madrugada. Eles foram informados que a veiculação seria no mês de março. 

ERRATA - Do contrário do que publicamos, as declarações são da estudante Larissa Morais, 20 anos, estudante de Enfermagem (UFC), e não de Aurileide Silvestre Gomes, também um das vítimas da pegadinha do Programa Sílvio Santos.

O secretário das Cidades, Ivo Gomes, publicou em seu perfil do facebook, que solicitou a identificação das pessoas que autorizaram a utilização do espaço para gravação. O Metrô de Fortaleza (Metrofor), por meio de nota, relatou que tanto a autorização como a gravação do referido quadro foram realizadas no ano de 2014, quando o Metrofor e o Governo do Estado do Ceará tinham outras gestões.


Publicação no Facebook:

Repudio com veemência a "pegadinha" de extremo mau gosto, feita por um canal de TV, dentro e com a participação de...

Posted by Ivo F. Gomes on Terça, 31 de março de 2015

Imprensa Internacional

O vídeo ganhou repercussão na imprensa internacional. Sites como The Telegraph, The Sun, Daily Mail, Gawker e Huffington Post. comentaram a produção da equipe do SBT.

A primeira pegadinha produzida pelo SBT que se tornou viral foi a da "Menina Fantasma". Nele, uma garotinha invade um falso elevador e fica parada apontando para a vítima. Divulgado em 2012, o vídeo fez enorme sucesso, principalmente no YouTube, com mais de 32 milhões visualizações. O tabloide britânico The Sun e o site americano The Gawker destacaram o quadro, classificando-o como assustador e questionando os limites da "câmera escondida".

Confira algumas publicações na imprensa internacional:

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