Motoristas e cobradores paralisam atividades no terminal Papicu

A categoria protesta contra a instalação de um serviço que descarta a presença do cobrador nas linhas da Capital e Região Metropolitana

Escrito por Redação ,

Motoristas e cobradores do transporte público de Fortaleza fazem um protesto na manhã desta terça-feira (6) em frente do terminal de ônibus do Bairro Papicu em Fortaleza. Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), o protesto tem objetivo de impedir a instalação de um serviço que descarta a presença do cobrador nas linhas da Capital e Região Metropolitana. 

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O Sintro afirma que, com a tecnologia implantada nos ônibus, haverá a demissão de 4.500 cobradores.  Além disso, o Sintro informou que o processo dificultará o embarque dos passageiros e não descarta a possibilidade de acidentes, já que o cobrador auxilia o motorista na descida dos usuários. O sindicato também denuncia que não houve nenhuma sinalização de reunião para explicar como funcionaria essa fase de teste.

As mudanças acontecem na linha que faz o itinerário Siqueira/ Papicu/ Washington Soares e tem causado desconforto para alguns passageiros que, desinformados, aguardam o coletivo, mas só podem seguir viagem se o pagamento for realizado eletronicamente através do Passe Card ou da carteira de estudante com crédito.

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) diz que o projeto visa testar a tecnologia para maior agilidade nas viagens.

"Essa decisão (da linha 150) foi tomada sem reunião nenhuma com os sindicatos representantes. E agora nossos profissionais estão trabalhando sem nenhuma garantia. O cobrador auxilia e tem uma visão no ônibus que o motorista sozinho não consegue ter", alerta o presidente do Sintro, Domingos Neto. 

Muitos passageiros ficaram revoltados com a paralisação. Um tumulto se formou na frente do terminal, com diversas pessoas se submetendo a alternativas de chegar ao trabalho. 

A dona de casa Maninha pediu um celular emprestado para pedir uma carona ao filho. Em troca, levou a cabeleireira Mariene Souza para o trabalho, no Meireles.

 

 

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