Motoristas e cobradores de ônibus paralisam Terminal do Siqueira em protesto

A categoria reivindica uma política diferenciada em relação ao tratamento do serviço dos cobradores de ônibus

Escrito por Redação ,

Motoristas e cobradores do sistema de transporte público de Fortaleza paralisaram as atividades no Terminal do Siqueira, na manhã desta terça-feira (28). O protesto durou cerca de uma hora, e os trabalhadores reclamaram dos "assédios morais" por parte das empresas, além de recentes demissões por justa causa.

"O motivo maior são as demissões por justa causa dos motoristas e cobradores. Eles alegam que os motivos são falta de estabilidade, faltas dos trabalhadores, mas eles faltavam e avisavam que não podiam ir. E também eles denunciavam os assédios que eles sofriam", explica Domingo Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro). 

O presidente do Sintro também revela que três diretores do sindicato foram afastados de seus cargos em empresas de transporte por divergências trabalhistas.

Em resposta, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) lançou uma nota de repúdio onde alerta que "a ação do Sintro prejudica a população, em especial a parcela que tem o transporte coletivo como seu principal ou único meio de deslocamento, além de ferir a todos os preceitos legais". 

O sindicato patronal não comentou sobre os motivos que levaram os trabalhadores a paralisar, mas completa ao informar que "há canais de diálogo e meios legais que podem ser utilizados, preservando o pleno atendimento à população".

Catracas

"As empresas estão obrigando os cobradores a impedir o pulo das catracas, e com isso já teve trocador que foi agredido por tentar impedir. Além dos assaltos, as empresas ainda obrigam o cobrador a ser segurança. Não é papel do cobrador fazer isso", completa Domingo sobre outra reclamação da categoria. 

De acordo com ele, os trabalhadores participarão de uma reunião com o Sindiônibus, na próxima quarta-feira (29). "Caso as empresas não deem uma garantia que vão melhorar essa política em relação aos trocadores, nós vamos fazer novas mobilizações nos terminais e empresas de ônibus", revela o presidente do Sintro.

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