Motociclistas e pedestres são foco de nova campanha de segurança viária de Fortaleza

Objetivo é conscientizar condutores a respeitarem os limites de velocidade nas vias, evitando, assim, atropelamentos

Escrito por Renato Bezerra , renato.bezerra@svm.com.br
Legenda: Aliado à campanha, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) dará continuidade ao programa de readequação de velocidade de 60 para 50 km/ h nas vias aonde mais são registrados acidentes
Foto: FOTO: HELENE SANTOS

Eles são os que mais morrem no trânsito de Fortaleza. Ao mesmo tempo, são os maiores responsáveis por atropelamentos na cidade. Por isso, motociclistas e pedestres - aliados ao excesso de velocidade - são o foco principal da nova campanha de segurança viária da prefeitura de Fortaleza, lançada nesta quinta-feira (5), no Paço Municipal. 

Com o mote "No trânsito, não há segunda chance", a campanha tem como ideia incentivar um comportamento mais prudente na condução dos veículos, sendo vinculada em emissoras de TV, rádio, jornal impresso e redes sociais.

Na Capital, um em cada três motociclistas desrespeita os limites de velocidade, segundo pesquisa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). Nesse contexto, aliado à campanha, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) dará continuidade ao programa de readequação de velocidade de 60 para 50 km/ h nas vias aonde historicamente mais são registrados acidentes, principalmente, atropelamentos.

Segundo destaca o superintendente da AMC, Arcelino Lima, as avenidas Coronel Carvalho, Augusto dos Anjos e José Bastos devem passar pela alteração no primeiro trimestre de 2020. "A Augusto dos Anjos, inclusive, a gente já começa a mudança a partir de amanhã, com a colocação de alguns semáforos. A gente faz a mudança da sinalização e dá um período para as pessoas se acostumarem", afirma.

Segundo destaca, a fiscalização nas vias com a velocidade alterada não é realizada de imediato. "A simples readequação e a colocação das placas com uma campanha desse porte a gente tem obtido resultados positivos. Se houver ainda a insistência e a gente não perceber essa mudança repentina de comportamento aí vamos pensar em algum tipo de fiscalização", afirma.

Resultados

Dados da AMC mostram o impacto da medida em vias que já tiveram a velocidade readequada, como a Avenida Leste-Oeste, onde o número de atropelamentos caiu 63% e o de acidentes com vítimas 31,5% após a mudança. Na Avenida Osório de Paiva, a redução foi de 28% e 32%, respectivamente. 

Aliado ao aspecto educacional, a redução de mortes no trânsito da Capital- de 40% entre os anos de 2014 e 2018 - é resultado de um conjunto de ações, segundo destaca o secretário executivo de conservação e serviços públicos, Luis Alberto Saboia. "É preciso ações de engenharia de tráfego, de desenho urbano, de infraestrutura, de operação e de fiscalização. Todas elas se complementam e aqui em Fortaleza fizemos todas", afirma. 
 

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados