Mortes em acidentes aumentam 45%

Contudo, o número de ocorrências diminuiu em relação ao ano passado, o que mostra a gravidade dos casos

Escrito por Ranniery Melo ,

Levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e divulgado ontem constatou que, entre janeiro e setembro de 2014, o número de mortes em acidentes com motocicletas nas rodovias federais aumentou em 45% em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo com o número de acidentes tendo diminuído, o que mostra a gravidade das ocorrências.

Somados os casos, as BRs 222, 116, 020, 304 e 230 tiveram um total de 789 acidentes com motos em 2014, diante de 830 em 2013, apresentando redução de 5%. O número de óbitos nas rodovias, entretanto saltou de 65 para 94.

Os motociclistas já representam um grupo considerado vulnerável pela PRF, por conta da fragilidade do veículo. O órgão aponta que, entre os incidentes mais frequentes estão as colisões traseiras, laterais e transversais. Contudo, o tipo de acidente com maior letalidade são as colisões frontais que, na maioria das vezes, resultam de ultrapassagens proibidas.

“O que mais caracteriza essas ocorrências é a imprudência. A falta de respeito à sinalização horizontal, a ultrapassagem em faixas contínuas, as tentativas de forçar a ultrapassagem e a ausência de direção defensiva dos condutores formam o conjunto de fatores que ocasionam esses acidentes”, informa a PRF, por meio da assessoria de imprensa.

Segurança

A sondagem feita pela PRF apurou ainda que em muitos dos casos os condutores e passageiros não utilizavam capacetes, ou o faziam de forma inadequada. De acordo com o órgão, a possibilidade de um motociclista envolvido em acidente de trânsito sem a proteção na cabeça é 5,5 vezes maior do que um condutor com capacete. Já para um passageiro sem capacete, o risco é 8,7 vezes maior do que o de quem utiliza o equipamento.

Os acidentes de maior gravidade ocorrem principalmente aos sábados e domingos, entre as 20h e as 23h. As vítimas fatais são, em sua maioria, homens com idades entre 20 e 30 anos. A PRF coloca ainda que, embora não haja possibilidade de fazer o teste etilômetro imediatamente nas vítimas fatais, os horários de maior ocorrência dos acidentes permite induzir que o uso de bebidas alcoólicas também é um fator determinante para que os incidentes ocorram.

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